GA19: A gênese da sophia (sabedoria) no interior do ser-aí natural dos gregos

SEGUNDO CAPÍTULO – A gênese da sophia (sabedoria) no interior do ser-aí natural dos gregos (aisthesis/percepção sensível, empeiria/experiência, techne/arte, episteme/ciência, sophia/sabedoria) (Metafísica I, 1-2)

§ 10. Caracterização introdutória da investigação. Seu fio condutor: o exprimir–se do próprio ser-aí. Seu curso: os cinco níveis do sophia (saber). Sua meta: a sophia (a sabedoria) como malista aletheuein (o maior desvelamento)

§ 11. Os três primeiros níveis do eidenai (saber): aisthesis (percepção sensível) – empeiria (experiência) – techne (arte) (Metafísica 1,1)

a) aisthesis (percepção sensível). O primado do horan (ver). O akouein (ouvir) como condição da vida. mneme (memória) e phronesis (circunvisão)

b) empeiria (Experiência) A conexão referencial: logo que – então. Seu caráter temporal

c) techne (arte). As modificações da conexão referencial. O destacar-se do eidos (aspecto). Se – então. Como – por isso. techne (arte) e empeiria (experiência). katholou (universal) e kath ekaston (de acordo com cada aspecto)

§ 12. Excurso: katholou (universal) e kath ekaston (de acordo com cada ponto de vista). O caminho da filosofia (em particular: Metafísica V, 26; Tópicos VI, 4; Física 1,1)

a) Os significados múltiplos do holon (todo). O katholou (universal) como holon legomenon (o que é dito como um todo – Metafísica)

b) O modo de acesso como distingens de kath ekaston (de acordo com cada ponto de vista) e katholou (universal). aisthesis (percepção sensível) e logos (discurso), pros hemas gnorimoteron (cognoscível para nós) e aplos gnorimoteron (cognoscível em conjunto). O caminho da filosofia (de acordo com Tópicos VI, 4, e Metafísica VII, 3): do kath ekaston (de acordo com cada ponto de vista) ao katholou (universal)

c) O caminho da filosofia (Física I, 1). Do katholou (universal) ao kath ekaston (àquilo que é de acordo com um ponto de vista determinado). Dissolução da suposta contradição presente nos Tópicos VI, 4, e na Física I, 1 94

§ 13. Prosseguimento: techne (arte) e episteme (ciência) (Metafísica I, 1). A tendência que reside na techne (arte) para uma episteme (ciência) “autônoma”. O desenvolvimento ulterior da episteme (ciência)

§ 14. sophia (sabedoria) (Metafísica I, 2). Os quatro momentos essenciais da sophia (sabedoria) (panta – tudo, chalepotata – as coisas mais difíceis, akribe stata – as coisas mais exatas, autes eneken – em virtude de si). Recondução explicativa dos três primeiros momentos essenciais ao malista katholou (ao que há de mais universal)

§ 15. Excurso: orientação geral sobre a essência da matemática de acordo com Aristóteles

a) Algo fundamental sobre a matemática em geral. (Física II, 2). O chorizein (a divisão) como ato fundamental da matemática. Crítica do chorismos (da cisão) na teoria das ideias de Platão

b) A diferença entre geometria e aritmética. A crescente “abstração” do physein on (ente físico): stigme ousia thetos; monas ousia athetos

α) topos (lugar) e thesis (posicionamento) (de acordo com a Física V, 1-5). A determinação absoluta (physei – segundo a natureza) do topos (lugar): limite (peras) e possibilidade (dynamis) do ser propriamente dito de um ente

β) A gênese da geometria e da aritmética a partir do topos (do lugar). A conquista dos objetos geométricos por meio do destaque das perata (dos limites) (topos – lugar) dos (physei onta (entes físicos). A determinação de sua situação (thesis – posicionamento). Analvsis situs. monas: ousia athetos (unidade: entidade não posicionada)

γ) A estrutura de conexão do múltiplo na geometria e na aritmética; syneches (continuidade) e ephezes (unidade serial)

αα) Os fenômenos da coexistência dos physei onta (entes físicos – Física V, 3)

ββ) As estruturas conectivas do âmbito geométrico e do aritmético: syneches (contínuo) e ephezes (subsequente)

γγ) Consequências para a reunião do múltiplo na geometria e na aritmética (Categorias 6)

§ 16. Prosseguimento: sophia (sabedoria) (Metafísica I, 2; Parte 1). O quarto momento essencial da sophia (sabedoria): a autonomia do aletheuein (desvelar) eautes eneken. me pros chresin (em virtude da coisa mesma, longe de todas as necessidades)

a) O tema da sophia (sabedoria). O agathon (bem) como telos (fim) e derradeiro ou eneka (em virtude de); como aition (causa) e arche (princípio); como objeto do puro theorein (contemplar)

b) A origem da sophia (sabedoria) a partir do próprio ser-aí. thaumazein (admirar-se) e aporein (encontrar-se diante de uma aporia) como origem da filosofia. Atendência que reside no próprio ser-aí para o puro theorein (contemplar)

§ 17. Resumo: os modos do aletheuein (desvelamento) como modificações do ser-aí que se orienta