Fink (1994b:198-199) – ser-para-si

destaque

(…) Uma fenomenologia que parta exclusivamente do ser-para-si das coisas acabará quase inevitavelmente no fantástico “idealismo” que reduz todo o ser fora de mim à categoria de uma configuração da mente humana gerada pela representação (vorstellungserwirkt). É claro que é indiscutível que o gênero humano é, de todas as coisas do mundo, a mais aberta ao processo incessante de se mostrar e de se tornar assim conhecível. O ser humano não advém simplesmente como uma outra coisa no aparecer geral, ele é, de certo modo, o destinatário, aquele que recebe um envio ininterrupto, percebe o que é, com a restrição, porém, de que uma quantidade incomensurável de coisas nunca se dirige a nós. O homem é o lugar onde o ens pode tornar-se verum, onde a verdade tem lugar (ereignet), onde é produzida (geschieht) e onde funda a história. Na maior parte das vezes, pensamos demasiado e demasiado pouco do homem; não conseguimos encontrar o lugar equilibrado da sua verdadeira essência.

Kessler

[FINK, Eugen. Proximité et distance: essais et conférences phénoménologiques. Tr. Jean Kessler. Grenoble: Jérôme Millon, 1994, p. 126]

Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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