Fink (1994b:144-145) – mundo e história

destaque

(…) O homem existe historicamente em relação ao princípio mundano da singularização e da diferença no trabalho e no combate. O trabalho e o combate são formas comunitárias fundamentais, figuras sociais do Dasein. Estas figuras não pertencem ao homem da mesma forma que um animal procura o seu alimento e a sua presa. O trabalho e a luta são figuras de sentido, de uma determinada aparição no mundo. Na outra dimensão, a dimensão do mundo sem figuras, o homem relaciona-se com o amor e o culto dos mortos. As metades dilaceradas do ser humano, homem e mulher, bebem da taça do prazer a certeza de uma unidade por detrás de todas as divisões visíveis e o conhecimento da imortalidade dos mortais. Na piedade para com os mortos, aqueles que na sua estada terrena são banidos para o seu isolamento, têm o pressentimento de um fundo comum e inalienável. O amor e a morte (145) formam, por assim dizer, o solo a-histórico da história, o trabalho e a luta traçam sulcos no solo e constroem reinos sobre eles. No trabalho e no combate estamos abertos ao polemos pater panton cósmico, no amor e na memória dos mortos, à paz cósmica.

Kessler

  1. Diels ayant corrigé plege en ge, ce fragment est le plus souvent traduit par «Tout ce qui rampe a pour part la terre». Trad. cit., fgt 91 (N.d.T.)[↩]
Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

Twenty Twenty-Five

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