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Destruktion / abbauen / Abbau / Abbruch
Destruktion / destruction / dé-struction / désobstruction / destruição / desconstrução / destrucción / abbauen / débâtir / desmantelar / Abbau / desmanche / desmonte
Hans Georg Gadamer acentua o caráter positivo do conceito heideggeriano de destruição em uma série de artigos reunidos no volume 10 de sua obra completa sob o título Hermenêutica em retrospectiva. Cf. especialmente o artigo de número 2, “Heidegger e a linguagem”, p. 17. Acentuando o fato de o jovem Heidegger ter estabelecido para si mesmo como tarefa alcançar uma coetaneidade com a tradição, Gadamer diz: “O que era preciso fazer para realizá-la? A resposta heideggeriana chamava-se ‘destruição (Destruktion)’. Sempre me vejo aqui uma vez mais diante da necessidade de afastar uma incompreensão muito difundida, que foi induzida pelas línguas europeias e que foi concomitantemente culpada pela má recepção de Heidegger no mundo: para o sentimento linguístico daqueles anos, ‘destruição’ não significava de maneira alguma ‘dizimação’, mas tinha em vista uma desconstrução dotada de uma meta segura: uma desconstrução das camadas sedimentadas que, por fim, outrora como hoje, não vêm ao encontro senão na língua realmente falada. O que estava em questão era, em outras palavras, a tarefa de se apropriar novamente ou desconstruir a linguagem conceitual de toda a história do pensamento que conduz do pensamento dos gregos, passando pelo latim da Antiguidade e da Idade Média cristã e pela sobrevivência desta conceptualidade, até a formação do pensamento moderno e de suas línguas nacionais. Portanto, o que estava em questão era tratar desconstrutivamente a terminologia tradicional, a fim de reconduzi-la a experiências originárias”. [CASANOVA , Marco Antonio. Mundo e historicidade. Leitura fenomenológica de Ser e tempo . Volume um: existência e mundaneidade. Rio de Janeiro: Via Verita, 2017, p. 15-16]
DESTRUKTION E CORRELATOS
Matérias
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Ernildo Stein (2008:69-70) – o fundamento é sem fundo
8 de junho de 2023, por Cardoso de Castro
O fundamento é sem fundo na medida em que não é nem infinito, nem é objetivo.
É exatamente isso que o filósofo faz em Ser e tempo. Introduz um novo conceito de fundamentação. Não é uma fundamentação como a moderna, nem do tipo objetivista da tradição clássica. Então, nem subjetivista nem objetivista. Assim, é uma fundamentação de caráter diferente, é uma fundamentação de caráter prévio, de caráter a priori. É uma fundamentação em que já sempre existe um compreendermos a nós mesmos. Isso é (…)
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Ernildo Stein (2008:136-137) – desconstrução
9 de junho de 2023, por Cardoso de Castro
A desconstrução situa-se para além da intenção da analítica existencial. Ela se insere, assim, na história do ser, isto é, ela se aproxima da crítica da metafísica como logocentrismo.
A teoria da desconstrução não se refere, em primeiro lugar, ao campo da semântica e da semiótica, mas sua meta é uma tarefa do pensamento e nesse sentido a desconstrução tem uma raiz filosófica que aponta para o lugar ocupado pela hermenêutica. A desconstrução é precisamente possível porque ela nos situa no (…)
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GA63: Estrutura da Obra
13 de fevereiro de 2017, por Cardoso de Castro
Índice de diferentes traduções e do original
Renato Kirshner
Introdução
§1. O título “ontologia”
“Doutrina do ser”; válido somente em sentido mais amplo. Inaceitável enquanto disciplina particular. Na fenomenologia: o caráter objetual provém da consciência da objetualidade Omite-se a questão no campo do ser do qual se deve extrair todo sentido ontológico A partir disso, portanto, o título é propriamente: hermenêutica da faticidade
Prefácio - Hermenêutica da faticidade Colocar (…)
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GA59: Estrutura da Obra
12 de fevereiro de 2017, por Cardoso de Castro
Trad. inglesa de Tracy Colony
INTRODUCTION: THE PROBLEM SITUATION OF PHILOSOPHY
§ 1 The function of a Theory of Philosophical Concept Formation in phenomenology
§ 2 The distinction between scientific philosophy and worldview philosophy
§ 3 Life philosophy and culture philosophy - the two main groups of contemporary philosophy
§ 4 Life as primal phenomenon and the two problem groups of contemporary philosophy
(a) Life as objectifying and the problem of absolute validity (the (…)
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Être et temps : § 6. La tache d’une destruction de l’histoire de l’ontologie.
5 de julho de 2011, por Cardoso de Castro
Toute recherche — à commencer par celle qui se meut dans l’orbe de la question centrale de l’être — est une possibilité ontique du Dasein. L’être de celui-ci trouve son sens dans la temporalité. Celle-ci, toutefois, est en même temps la condition de possibilité de l’historialité en tant que mode d’être temporel du Dasein lui-même, abstraction faite de la question de savoir si et comment il est un étant « dans le temps ». La détermination de l’historialité est antérieure à ce que l’on appelle (…)
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GA61: Estrutura da Obra
12 de fevereiro de 2017, por Cardoso de Castro
Trad. Richard Rojcewicz
INTRODUCTION
PART I - ARISTOTLE AND THE RECEPTION OF HIS PHILOSOPHY
A. What Are Studies in the History of Philosophy? A region within the history of the spirit as Objective, factual research? The historiological can be grasped only in philosophizing; both originally one Not a presupposition, but instead a pre-possession of the factical in questionability; not Objective The history of philosophy in these pages: Greeks and the Christian West
B. The Reception of (…)
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Être et temps : § 76. L’origine existentiale de l’enquête historique à partir de l’historialité du Dasein.
17 de julho de 2014, por Cardoso de Castro
Vérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
Que l’enquête historique, comme toute science, soit à chaque fois et facticement « dépendante », en tant que mode d’être du Dasein, de la « conception du monde dominante », il n’est pas besoin d’y insister. Néanmoins, par-delà ce fait, il est nécessaire de s’enquérir de la possibilité (…)
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Marques Cabral (2017) – A presença de Heidegger em Bultmann
23 de outubro, por Cardoso de Castro
A presença de Heidegger em Bultmann não se dá pela simples reprodução, por parte de Bultmann, de conceitos e problemas heideggerianos. Deve-se observar que dificilmente encontraremos textos de Bultmann onde há alguma reconstrução filosófica dos conceitos e sobretudo contextos hermenêuticos heideggerianos. Podemos até dizer que muitas vezes Bultmann operacionaliza conceitos de Heidegger, ainda que destacados do seu projeto ontológico maior, como a ontologia fundamental, no caso de Ser e (…)