Caron (2005:249-253) – uma fenomenologia às voltas com a fenomenologia

destaque

A originalidade de Heidegger reside, assim, na sua capacidade de retomar a possibilidade de qualquer visão sensível numa visão da essência ela mesma inteiramente regida pelo ser, à qual um pensamento das profundezas da intuição categorial nos dá acesso antes de qualquer visão ser possível. O desejo heideggeriano é de unificação, fiel nisso à exigência interna de todo pensamento, e da unificação em torno de um princípio cuja evanescência impede, no entanto, o pensamento de se enraizar: o ser unifica o si mesmo no mistério do não-ente, mas unifica assim mesmo, e a um nível que se pretende mais profundo do que aquele em que a fenomenologia husserliana escolhe mover-se.

Original

  1. Hua XX, p. 141-142; RL III, p. 174.[↩]
  2. La crise des sciences européennes et la phénoménologie transcendantale, trad, fse, p. 188.[↩]
  3. Cf. É. Gilson, L’être et l’essence, « Le vocabulaire de l’être », p. 9-23.[↩]
  4. La crise des sciences européennes et In phénoménologie transcendantale, p. 188 et 189 n.[↩]
Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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