Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

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Heidegger: esquecimento do ser

sábado 15 de abril de 2017

Wisser: Nietzsche   disse um dia que o filósofo era a má-consciência de seu tempo. Pouco importa o que Nietzsche entendia por isso.

Mas se se considera sua tentativa de ver a história filosófica do passado como uma história do declínio do Ser, e portanto, de “destrui-la", poder-se-ia ficar tentado a chamar Martin Heidegger de “a má-consciência da filosofia ocidental".

Em que consiste, a seus olhos, o sinal mais característico, para não dizer o símbolo mais característico, do que o Sr. chama de “esquecimento do Ser” e de "abandono do Ser”?

Heidegger: De início, eu devo corrigir um aspecto de sua questão, quando o Sr. fala da "história do declínio". Essa expressão não é empregada em sentido negativo! Não falo de uma história do declínio, mas somente do destino (Geschick  ) do Ser na medida em que ele se retira cada vez mais em relação à manifestação do Ser entre os Gregos —até que o Ser torna-se uma simples objetividade para a ciência e, hoje, um simples fundo de reserva (Bestand  ) para a dominação técnica do mundo. Assim, nós nos encontramos não em uma história do declínio, mas em uma retração do Ser.

O sinal mais característico do esquecimento do Ser — e o esquecimento deve ser pensado sempre aqui a partir do grego, da lethe  , quer dizer, do fato de que o Ser se oculta, se subtrai —, pois bem, o signo mais característico do destino que é o nosso, é —na medida em que posso percebê-lo— o fato de que a questão do Ser que eu ponho não tenha sido até agora compreendida.


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