Ressaltamos que, para que uma sentença se qualifique como uma proposição sobre o mundo externo, ela deve admitir ser verdadeira ou falsa. Agora, com muita frequência, os filósofos, ao buscarem refinar a compreensão do sentido de uma proposição, referem-se às suas condições de verdade. Uma maneira de fazer essa pergunta é considerar as condições sob as quais a sentença seria falsa. (Se essas condições forem contraditórias, dizemos que a frase não pode ser considerada falsa e, portanto, é (…)
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Gelven / Michael Gelven / Gelven1989 / Gelven1972
MICHAEL GELVEN (1937)
Obra na Internet: Internet Archive; Library Genesis
GELVEN, Michael. Winter, Friendship, and Guilt. The Sources of Self-Inquiry. New York: Harper & Row, 1972
GELVEN, Michael. A Commentary on Heidegger’s Being and Time . DeKalb: Northern Illinois University Press, 1989.
GELVEN, M. Truth and the comedic art. Albany, NY: State University of New York Press, 2000
GELVEN, Michael. What happens to us when we think: transformation and reality. Albany: State University of New York Press, 2003
Matérias
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Gelven (1972:177-179) – verdadeiro ou falso?
21 de outubro, por Cardoso de Castro -
Gelven (1972:175-179) – modos de existência desencobrem ou encobrem o si?
21 de outubro, por Cardoso de CastroA terceira e última característica da abordagem de Heidegger ao desenvolvimento temático do sentido do Ser é que todos os [176] modos de existência sejam vistos em termos de sua capacidade de desencobrir e de encobrir a compreensão da existência. Esse requisito é de extrema importância porque, sem ele, não haveria diferença entre o fato de alguém vir a compreender sua existência e o fato de não o fazer. Além disso, a menos que a estrutura pela qual o desenvolvimento temático da (…)
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Gelven (1972:168-170) – Hume e Heidegger
21 de outubro, por Cardoso de Castro[…] Certamente Kant tem uma profunda influência sobre Heidegger, e Kant admite que foi Hume quem “o despertou de seu sono dogmático”. A ascendência humeana de Heidegger — se for verdadeira — pode ser encontrada por meio de Kant? Somente em um sentido muito especial: portanto, é melhor traçar o parentesco mais diretamente. Hume é um antepassado espiritual de Heidegger porque esse escocês severo se recusava a aceitar como verdade qualquer coisa que não fosse primeiramente significativa. Os (…)
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Gelven (1972:180-181) – “impessoalmente-si-mesmo” [Man-selbst]
21 de outubro, por Cardoso de Castro[…] discurso genuíno é contrastado com a “tagarelice”, a preocupação é contrastada com a curiosidade e o si é contrastado com o “impessoalmente-si-mesmo” (). Como o termo geral que caracteriza todos os fracassos do si em se realizar, deve-se mencionar o “impessoalmente-si-mesmo”, pois é a partir do envolvimento do “impessoalmente-si-mesmo” que a consciência busca despertar o si para sua autenticidade na culpa ().
Heidegger não é, de forma alguma, a primeira pessoa a refletir sobre a (…) -
Gelven (1972:170-172) – O que significa ser de tal e tal maneira?
21 de outubro, por Cardoso de CastroÀ primeira vista, o requisito inicial pode parecer obscuro ou redundante. Heidegger está dizendo que é preciso formular a investigação de uma maneira particular. Em vez de perguntar o que é compreensão, o que é culpa ou o que é o mundo, deve-se perguntar o que significa ser aquilo que pode compreender, o que significa ser culpado, o que significa ser em um mundo. Agora, alguém pode protestar que certamente essa exigência é artificial, que a forma gramatical da pergunta não fará tanta (…)
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Gelven (2003:38) – ser e o real
21 de outubro, por Cardoso de CastroA problemática metafísica, que é a única das três possibilidades que exige transformação, pergunta de duas maneiras: o real ou o ser. Como é possível sugerir, como faz Kant, que dizer que algo existe é dizer que é o objeto da experiência possível, é claro que precisamos considerar a possibilidade de outro termo que tenha maior extensão. A sugestão do próprio Kant é realidade, que ele distingue de aparência. Mais recentemente, no entanto, Heidegger, aduzido de forma esboçada por Nietzsche, (…)
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Gelven (1972:190-193) – culpa (Schuld)
6 de junho de 2023, por Cardoso de CastroTo be able to be guilty means to see one’s own existence as that at which one can fail or be inadequate, and that this failure is one’s own.
1. To be guilty is to be the basis of a nullity. If one looks at the overall enterprise of Heidegger’s thought, one sees that he is attempting to show how men can reason modally about their own existence, that such reasoning cannot depend upon any characterization of the world as made up of parts, since such a world is itself derived from the modal (…) -
Gelven (1989:97-100) – sentido [Sinn]
21 de outubro, por Cardoso de CastroFoi destacado que uma fornalha, enquanto fornalha, precisa emitir calor. Agora podemos dizer que o sentido () de uma fornalha é liberar calor. O sentido, portanto, é a compreensão que se torna consciente da estrutura como (). Quando se compreende o sentido de um ato, compreende-se este ato enquanto este ato — ou seja, em termos de seu propósito ou uso. Se alguém entende o [98] sentido de um beijo, entende o beijo enquanto um beijo — ou seja, em termos de seu propósito: demonstrar afeto. Essa (…)
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Gelven (1989:95-97) – interpretação = ter-prévio, ver-prévio e conceber-prévio
21 de outubro, por Cardoso de CastroInterpretar significa expor ou esclarecer a estrutura-como. Como vimos, isso exige que haja aspectos daquilo que é interpretado já antes do momento real da interpretação. Toda interpretação é fundamentada em um ter-prévio (), uma ver-prévio () e um conceber-prévio (). Heidegger explica esses três elementos em termos excepcionalmente concisos e econômicos. Sua análise completa de todos os três termos ocupa menos de uma página. Como mais tarde ele fará uso desses termos para descrever sua (…)
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Gelven (1972:172-175) – fenomenologia hermenêutica
21 de outubro, por Cardoso de CastroA insistência de Heidegger em um método adequado para esclarecer a questão do que significa ser é consistente com sua insistência na distinção crucial entre tipos de entes (Seiende) e o próprio sentido de Ser (Sinn von Sein). Os procedimentos e regras que constituem a ciência e que os homens descobriram e refinaram ao longo dos séculos não estão sendo negados ou desacreditados aqui; estão apenas sendo limitados à sua esfera apropriada. A investigação sobre a questão do Ser, entretanto, não (…)
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Gelven (1972:77-79) – O que significa ser?
21 de outubro, por Cardoso de CastroÉ importante refletir sobre por que não é possível fazer a pergunta: O que significa ser uma mesa? Os infinitivos não ancorados sempre implicam uma consciência do si como participante ou possivelmente participante da ação verbal. Assim, posso perguntar: “Como é ser um mendigo?” porque é possível que eu seja um mendigo, mesmo que eu não seja um. Mas não posso perguntar como é ser uma árvore, porque não imagino uma árvore consciente de si mesma (exceto em fantasias infantis). Posso perguntar (…)
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Gelven (1972:166-167) – O que significa ser?
21 de outubro, por Cardoso de CastroA principal preocupação de Heidegger em Ser e Tempo é desenvolver uma análise temática da maneira mais fundamental pela qual o homem pode pensar, tanto sobre si mesmo quanto sobre o mundo. Esse pensamento, no entanto, não pode começar com uma análise de quaisquer tipos de entes, pois tal análise pressupõe a categorização da multiplicidade e da modalidade da experiência sob o conceito de substância; além disso, esse pensamento não fornece e não pode fornecer a perspectiva para a (…)