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GA31: als solches - enquanto tal
sábado 16 de dezembro de 2017
Casanova
O quão pouco isso procede, é algo que fica claro para nós, quando consideramos mais detidamente a questão acerca do ente. Nessa questão da filosofia, o que é questionado é o que seria o ente. Pergunta-se o que é o ente, e, em verdade, enquanto tal, com vistas ao fato de que ele é um ente. A questão diretriz, portanto, pode ser formulada de maneira mais aguda como: o que é o ente enquanto tal? Essa expressão "enquanto tal" é a tradução do latim ut tale, qua tale, usada na metafísica da Idade Média tardia, que corresponde ao η da Antiguidade. Ela significa que aquilo ao que ela é acrescentada - a mesa enquanto mesa – não é pura e simplesmente objeto de uma apreensão, de uma opinião, de uma valoração ou de uma manipulação, mas que a mesa enquanto tal, isto é, na medida em que ela é uma mesa, deve ser tomada com vistas ao seu ser mesa. O ser mesa da mesa anuncia pela primeira vez aquilo que a mesa é, o seu ser-o-que, a sua essência. Inquirir um ente enquanto tal significa inquiri-lo hoc ens qua tale, na medida em que ele é esse ente, com vistas ao seu ser um ente. Essa expressão lingüística "enquanto tal" é uma expressão especificamente filosófica. Ela dá a indicação para o fato de que aquilo de que trata o discurso não é visado simplesmente apenas como ele mesmo, mas é visado desde o princípio em um aspecto insigne – com vistas à sua essência: ti to on he on. A questão acerca do ente enquanto tal não pergunta, porém, acerca desse ente ou daquele. A questão não apenas acerca do ente enquanto tal (animal, homem), mas acerca do ente enquanto tal, significa o questionar sobre aquilo que o ente enquanto ente é em geral, abstraindo-se de se o ente é precisamente uma planta ou um animal ou um homem ou Deus. Nessa questão, portanto, abstrai-se do respectivo caráter objetivo e particular. Pergunta-se sobre aquilo que advém ao ente em geral em sua dimensão mais universal possível. (p. 50-51)
Ted Sadler
How little this is so becomes clear if we look more closely at the question concerning beings. This question of philosophy asks what beings are, just in respect of the fact that they are beings. From here the leading question asks more concisely: what are beings as such? This expression ‘as such’ translates the Latin ut tale, qua tale, as employed in the metaphysics of the late Middle Ages, and corresponds to the greek ή. It indicates that that to which it is attached — the table as such — is not to be taken merely as an arbitrary object of conception, opinion, evaluation or possession; instead, the table is to be taken as table, that is to say, in respect of its tablehood. The being-a-table of a table announces what a table is, its what-being, its essence.
To inquire into a being as such means to inquire into it hoc ens qua tale, as precisely this being. The linguistic expression ‘as such’ is specifically philosophical. It indicates that what is spoken of is intended in the specific respect of its essence: τί τό όν ή όν. The question concerning beings as such does not just inquire into this or that. The question concerns not just some beings as such (animal, man) but all beings as such, what beings are as beings, irrespective of whether they are plants or humans or animals or Ood. This question disregards the particular character of beings to embrace all beings whatsoever. It inquires into what pertains most universally to beings in general. (p. 24)
Ver online : ALS SOLCHES