A auto-reflexão lógica das ciências do espírito, que acompanha o seu efetivo desenvolvimento no século XIX, é inteiramente dominada pelo modelo das ciências da natureza. GVM I 1
A experiência do mundo social-histórico não se eleva a uma ciência com o processo indutivo das ciências da natureza. GVM I 1
Mas que conhecimento é este que compreende que algo seja assim, por compreender que veio a ser assim? O que significa aqui ciência? Ainda que se reconheça que o ideal desse conhecimento é fundamentalmente diverso do gênero e da intenção de as ciências da natureza, estaremos sendo tentados, no entanto, a caracterizá-las, apenas privativamente, como as “ciências inexatas”. GVM I 1
Mesmo a ponderação, tão significativa quanto justa, que Hermann Helmholtz fez no seu famoso discurso de 1862, diferenciando as ciências da natureza das ciências do espírito, por mais que tivesse ressaltado a suprema e humana significação das ciências do espírito — sua característica lógica continuou sendo negativa, a qual tinha o seu ponto de partida no ideal de método das ciências da natureza. GVM I 1
Para Helmholtz o ideal de método das ciências da natureza não estava necessitando de nenhuma derivação histórica nem de uma restrição cognitiva e teórica, e é por isso que ele, logicamente, não podia entender de outra forma a maneira de trabalhar das ciências do espírito. GVM I 1
O modelo das ciências da natureza, que Droysen conclama aqui, nada tem, portanto, a ver com o conteúdo, no sentido de uma adaptação teorético-científica, mas, ao contrário, no sentido de que as ciências do espírito deveriam deixar-se fundamentar, da mesma forma, como um grupo independente de ciências. GVM I 1
Sempre se sentiu superior ao empirismo inglês, porque mantinha-se apegado à viva concepção do que caracterizava a escola histórica em face de todo e qualquer pensamento concernente às ciências da natureza e ao direito natural. “ GVM I 1
Mesmo assim, Dilthey se deixou influenciar profundamente pelo modelo das ciências da natureza, embora quisesse justificar justamente a independência metódica das ciências do espírito. GVM I 1
Scherer, Dilthey destaca que o espírito das ciências da natureza guiou o procedimento de Scherer, e pretende fundamentar por que Scherer se colocou tão diretamente sob a influência do empirismo inglês: “Ele era um homem moderno, e o mundo de nossos antepassados não era mais a pátria de seu espírito e de seu coração, mas seu objeto histórico”. GVM I 1
Não obstante, continua sendo o modelo das ciências da natureza que orienta a autoconcepção científica de ambos. GVM I 1
Uma tal referência soa, de início, bem aristotélica e poderia gerar uma genuína substituição do modelo das ciências da natureza. GVM I 1
Pode até ser que Dilthey tenha batalhado muito a favor da independência teorético-cognitiva das ciências do espírito — o que se denomina método na ciência moderna é algo único e o mesmo por toda parte e só especialmente nas ciências da natureza cunha-se como modelar. GVM I 1
Acompanham Kant, por se orientarem pelo conceito da ciência e do conhecimento segundo o modelo das ciências da natureza e procurarem a marcante singularidade das ciências do espírito no momento artístico (sentimento artístico, indução artística). GVM I 1
Desse ponto de vista, pode ser bastante parcial a imagem que Helmholtz faz do trabalho aplicado às ciências da natureza, já que aí ele não mantém nada das “repentinas fagulhas do espírito”(ou seja, o que denominamos vir uma ideia — Einfall), só preservando delas “o férreo trabalho do concluir autoconsciente”. GVM I 1
Na verdade, as ciências do espírito estão muito longe de simplesmente se sentirem inferiores às ciências da natureza. GVM I 1
Em face da nova consciência de método das ciências da natureza do século XVII, esse velho problema teria ainda maior agudeza crítica. GVM I 1
Pois o que se perdeu com isso é justamente aquilo de que viviam os estudos filológico-históricos e donde, exclusivamente, poderiam ter alcançado sua total auto-evidência quando, sob a denominação de “ciências do espírito”, queriam fundamentar-se metodicamente ao lado das ciências da natureza. GVM I 1
Ao desacreditar qualquer outro conhecimento teórico que não fosse o da ciência da natureza, forçou a auto-determinação das ciências do espírito a apoiar-se na doutrina de método das ciências da natureza. GVM I 1
Isso caracteriza pois o desenvolvimento das ciências do espírito no século XIX, mostrando que não somente externamente reconhecem as ciências da natureza como modelo mas que partindo do mesmo fundamento que vive moderna na natureza, desenvolvem, com ela, o mesmo patos de experiência e pesquisa. GVM I 1
O deslocamento da determinação ontológica do estético para o conceito da aparência estética tem pois seu fundamento teórico no fato de que o predomínio do modelo de conhecimento das ciências da natureza conduz ao desacreditamento de todas as possibilidades do conhecimento, que se encontram fora dessa nova metodologia. GVM I 1
Quero lembrar que em Helmholtz, no conhecido trecho de que partimos, aquele momento diferente, que distingue o trabalho das ciências do espírito em face das ciências da natureza, não soube caracterizar melhor do que através do adjetivo “artístico”. GVM I 1
O conceito da individualidade de Schleiermacher, que caminhava lado a lado com os interesses da teologia, da estética e da filologia, não somente era uma instância crítica contra a construção apriorística da filosofia da história, como oferecia às ciências históricas, ao mesmo tempo, uma orientação metodológica que as remetia, num grau não inferior às ciências da natureza, à investigação, isto é, à única base que sustenta uma experiência progressiva. GVM II 1
Isso soa como um apoiar-se no procedimento das ciências da natureza e como uma antecipação da interpretação neokantiana da “coisa em si”, como “tarefa infinita”. GVM II 1
A fórmula de Droysen não delimita o fazer do historiador somente face à idealidade total da arte e face à comunhão íntima das almas, mas também, ao que parece, face ao procedimento das ciências da natureza. GVM II 1
Ao final de suas preleções de 1882 encontra-se a expressão de que “não temos, como as ciências da natureza, o instrumento da experimentação, não podemos mais que investigar e continuar investigando”. GVM II 1
Todavia, essas reflexões não bastam para explicar como Droysen pôde separar o método histórico, na forma exposta, face ao método do experimento das ciências da natureza, quando diz que a historiografia é “investigar e nada mais que investigar”. GVM II 1
Por isso, ainda que se faça abstração da enorme influência que, a princípio, o empirismo inglês e a teoria do conhecimento das ciências da natureza exercem sobre Dilthey como se eles deformassem suas verdadeiras intenções, não é fácil de apreender essas intenções em uníssono. GVM II 1
Caracteriza o caráter dos dados das ciências do espírito face aos das ciências da natureza, o fato de que, nesse terreno, “tem-se de separar do conceito do dado, tudo o que é fixo, tudo o que é estranho, como é próprio das imagens do mundo psíquico”. GVM II 1
O que guia a reflexão de Dilthey não é uma adaptação externa da metodologia das ciências do espírito aos procedimentos das ciências da natureza, mas o fato de que detecta em ambas uma comunidade genuína. GVM II 1
Esse sacudir fora o que é autoritativo, de que fala, não corresponde somente à necessidade epistemológica de fundamentar as ciências da natureza, mas diz respeito também ao saber de valores e objetivos. GVM II 1
Com a sua ajuda consegue ele cobrir a diferença entre a essência histórica da experiência e a forma de conhecimento da ciência, ou melhor, pôr em consonância a forma de conhecimento das ciências do espírito com os padrões metodológicos das ciências da natureza. GVM II 1
Isso se torna claro no conceito de objetividade válida nas ciências da natureza. GVM II 1
E por isso que Dilthey gosta de empregar a palavra “resultados” e de demonstrar pela descrição da metodologia das ciências do espírito sua igualdade de categoria com as ciências da natureza. GVM II 1
A hermenêutica romântica e o método filológico, sobre os quais ela se ergue, não são base suficiente para a história; da mesma forma, não é satisfatório para Dilthey o conceito dos procedimentos indutivos que se pede emprestado às ciências da natureza. GVM II 1
Uma tal ontologia do mundo continuaria sendo sempre algo bastante diferente do que poderiam produzir as ciências da natureza, pensadas até o fim. GVM II 1
A análise da vitalidade, que constitui o ponto de partida de Yorck, por mais especulativo que soe, inclui o modo de pensar das ciências da natureza próprio de seu século — explicitamente, o conceito da vida de Darwin. GVM II 1
Ao contrário, a forma de conhecer das ciências da natureza evidencia-se como uma forma desviada de compreensão, “que se perdeu na tarefa apropriada de acolher o que é simplesmente dado em sua incompreensibilidade essencial”. GVM II 1
E verdade que já Dilthey havia rechaçado, para as ciências do espírito, os métodos das ciências da natureza, e que Husserl havia qualificado de “absurda” a aplicação do conceito natural-científico de objetividade às ciências do espírito, estabelecendo a relatividade essencial de todo mundo histórico e de todo conhecimento histórico. GVM II 1
O fato de que nas ciências do espírito esteja operante um momento da tradição, que inclusive constitui sua verdadeira essência e sua característica, a despeito de toda a metodologia inerente ao seu procedimento, é algo que se torna logo patente, se se considera a história da investigação e a diferença entre a história da ciência, que se dá no âmbito das ciências do espírito, e a que se dá no âmbito das ciências da natureza. GVM II 2
Também a história da matemática ou das ciências da natureza é uma porção da história do espírito humano e reflexo de seus destinos. GVM II 2
Portanto, não é necessário pôr em discussão que também nas ciências da natureza podem estar operantes momentos da tradição, por exemplo, sob a forma de que em certas ocasiões preferem-se determinadas orientações de investigação. GVM II 2
O que é que subjaz a tudo isso? É evidente que não se pode falar de um “objeto idêntico” da investigação, nas ciências do espírito, no mesmo sentido que ele se dá nas ciências da natureza, onde a investigação penetra cada vez mais profundamente na natureza. GVM II 2
Enquanto o objeto das ciências da natureza pode ser determinado idealiter como aquilo que seria conhecido num conhecimento completo da natureza, não faz sentido falar-se de um conhecimento completo da história. GVM II 2
Não há dúvidas de que é uma provocação à autocompreensão das ciências do espírito libertar-se, no conjunto de suas atividades, do modelo das ciências da natureza, e considerar a mobilidade histórica de seu tema não somente como um prejuízo de sua objetividade, mas também como algo positivo. GVM II 2
Quando Schleiermacher e, seguindo seus passos, a ciência do século XIX vão mais além da “particularidade” dessa reconciliação da antiguidade clássica e cristianismo e concebem a tarefa da hermenêutica a partir de uma generalidade formal, conseguem estabelecer a concordância com o ideal de objetividade próprio das ciências da natureza, mas somente ao preço de renunciar a fazer valer a concreção da consciência histórica dentro da teoria hermenêutica. GVM II 2
Talvez não somente o filólogo, mas também o historiador, deva orientar seu comportamento, menos segundo o ideal metodológico das ciências da natureza, que segundo o modelo que nos oferecem a hermenêutica jurídica e a hermenêutica teológica. GVM II 2
Devido ao papel orientador que desempenha na lógica da indução, para as ciências da natureza, viu-se submetido a uma esquematização epistemológica que me parece encurtar amplamente seu conteúdo originário. GVM II 2
Ainda menos consistente é, sem dúvida, a imagem oposta que esta investigação faz das ciências da natureza. GVM II Introdução 1
Já em 1934, na crítica acertada de Moritz Schlick ao dogma das proposições protocolares, via com clareza que as ciências da natureza incluem uma problemática hermenêutica. GVM II Introdução 1
Não foi a sua própria filosofia que se impôs, mas a predominância metodológica das ciências da natureza. GVM II Prel. 2
Como esta adquire seu direito de ser uma teoria do conhecimento? Perguntar desta forma, porém, significou medir a ciência da história nos moldes das ciências da natureza. GVM II Prel. 2
O livro clássico da lógica neokantiana da história traz um título bem característico: “Os limites da formação conceitual das ciências da natureza”. GVM II Prel. 2
Neste questionamento, apesar de todas as restrições, o modelo de conhecimento das ciências da natureza continua sendo o determinante. GVM II Prel. 2
Dilthey apoiou-se aqui no pensamento romântico, ao reconhecer que esta compreensão significativa está estruturada de modo bem diferente do que o procedimento cognitivo das ciências da natureza. GVM II Prel. 2
Medido pelos parâmetros do conhecimento das ciências da natureza, isso parece inadmissível. GVM II Prel. 2
Os métodos das ciências da natureza não apreendem tudo que é digno de se saber, nem sequer o que é mais digno de se saber, ou seja, os fins últimos aos quais deve estar subordinado todo domínio dos recursos da natureza e do homem. GVM II Prel. 3
Na verdade, poder-se-ia demonstrar que o desenvolvimento das ciências do espírito nos últimos cem anos teve no modelo das ciências da natureza um constante ponto de referência, porém os seus impulsos mais decisivos e essenciais não provieram do pathos dessas ciências experimentais, mas do espírito do romantismo e do idealismo alemão. GVM II Prel. 3
Diante de toda espécie de terror, elas são incomparavelmente mais susceptíveis do que as ciências da natureza, porque nelas não há nenhum parâmetro para distinguir, com segurança invejável, o autêntico e correto da intenção oculta e simulada. GVM II Prel. 3
Aquele que enfrenta, em toda sua problematicidade reflexiva, essa reflexão que acompanha a verdade das ciências do espírito haverá de preferir invocar uma testemunha insuspeita, sobretudo se fizer parte de um círculo de investigadores da natureza e de leigos que permitem que seu universo de ideias seja determinado pela ciência da natureza: O grande físico Hermann Helmholtz, há cerca de cem anos, falou sobre a diferença entre as ciências da natureza e as ciências do espírito. GVM II Prel. 3
É verdade que também ele dimensionou o modo de trabalho das ciências do espírito segundo os métodos das ciências da natureza, descrevendo-o a partir destas. GVM II Prel. 3
Mas será que algum professor ou aluno das ciências da natureza consideraria isto como uma resposta? Em geral não sabemos dizer porque esta ou aquela suposição filosófica ou histórica do principiante é “impossível”. GVM II Prel. 3
Desta forma, há algo nas ciências do espírito que não pode ser pensado do mesmo modo nas ciências da natureza: que o investigador pode aprender muito mais lendo um livro de um diletante do que lendo livros de outros investigadores. GVM II Prel. 4
Já Hegel havia caracterizado a linguagem como o centro da consciência, pelo qual o espírito subjetivo intermedeia-se com o ser dos objetos; posteriormente, Ernst Cassirer ampliou o estreito ponto de partida do neokantianismo, o fato da ciência, transformando-o numa filosofia das formas simbólicas, que não apenas abarca unitariamente as ciências da natureza e as ciências do espírito, mas que também deve dar uma fundamentação transcendental ao comportamento cultural humano como um todo. GVM II Prel. 6
Mas como podem se encontrar a natureza extensa e a substância autoconsciente? Como essas substâncias tão distintas entre si podem se influenciar? Esse foi o célebre problema dos inícios da filosofia moderna, que é também a base do suposto dualismo metodológico entre ciências da natureza e ciências do espírito. GVM II Prel. 7
Não é nenhum exagero afirmar que, bem mais do que o progresso das ciências da natureza, foi a racionalização de seu emprego técnico-científico que produziu essa nova fase da revolução industrial em que nos encontramos. GVM II Compl. 12
Essa foi a grande contribuição das ciências da natureza e especialmente da mecânica de Galileu no século XVII. GVM II Compl. 14
O melhor exemplo é a matemática e sua função nas ciências da natureza. GVM II Compl. 14
Mas isso não tem muita importância para as ciências da natureza, como tais. GVM II Outros 18
A reflexão efetuada pela hermenêutica filosófica seria crítica no sentido de que descobriria o objetivismo ingênuo onde se encontra enredada a autocompreensão das ciências históricas, orientada nas ciências da natureza. GVM II Outros 19
E evidente que também nas ciências da natureza é somente a teoria que deve confirmar e definir uma autêntica aquisição cognitiva de uma constatação factual. GVM II Outros 23
Esse domínio constitui o pathos fundamental da investigação científica da realidade, presente em nossas ciências da natureza (embora quem sabe à base de uma fé na racionalidade da constituição do cosmos). GVM II Outros 23
Ainda hoje sinto-me próximo de Litt, por exemplo, na defesa da linguagem da cotidianidade frente à linguagem técnica e o conceito “puro”, o qual tem sua plena justificação nas ciências da natureza. GVM II Outros 23
É estranho que um pesquisador de Plotino, tão conceituado como Richard Harder, tenha criticado, em sua última conferência, o conceito de fonte, por causa de sua “procedência das ciências da natureza” (Source de Plotin, entretiens V, VII, Quele oder Tradition?). GVM II Anexos Exc. V
A problemática filosófica central que se encontrava inserida no factum das ciências do espírito — em analogia para com as ciências da natureza e sua fundamentação através da filosofia kantiana — era abordada, ao contrário, na teoria do conhecimento. GVM II Anexos 27
A crítica da razão pura de Kant justificou os elementos apriorísticos do conhecimento experimental das ciências da natureza. GVM II Anexos 27
Sabe-se que para ele o fundamento epistemológico das chamadas ciências do espírito repousava em uma psicologia “descritiva e analítica”, purificada da alienação das ciências da natureza. GVM II Anexos 27
Ele responde a esta questão com a constatação de que um tal conhecimento não é possível e recai na convicção positivista, segundo a qual o universal (o verdadeiro objeto do conhecimento) somente seria passível de conhecimento com a ajuda das ciências da natureza ou de alguma outra ciência fundamentada em princípios naturalistas. GVM II Anexos 27
Creio, no entanto, que sob o ímpeto de falsas analogias metodológicas sugeridas pelas ciências da natureza, a hermenêutica “histórica” se distancia em muito da hermenêutica pré-histórica. GVM II Anexos 27
Apesar de todas as diferenças existentes entre as ciências da natureza e as ciências do espírito, a validade imanente da metodologia crítica das ciências jamais poderá ser contestada. GVM II Anexos 29
O que são os fatos nas ciências da natureza não pode ser atribuído a toda e qualquer grandeza mensurada. GVM II Anexos 29
Do mesmo modo que uma questão histórica ou uma realidade histórica não pode dar-se num isolamento abstrato, tampouco no âmbito das ciências da natureza poderá dar-se algo parecido. GVM II Anexos 29
Nesse sentido, a questão dos valores não desempenha nenhum papel nas ciências da natureza. GVM II Anexos 29
Mesmo que, usando uma linguagem normatizada pela ciência, se conseguisse filtrar todas as conotações que provêm da língua materna, ainda assim permaneceria o problema da “tradução” dos conhecimentos científicos para a linguagem comum, único meio de as ciências da natureza alcançarem sua universalidade comunicativa e com isso sua relevância social. GVM II Anexos 29
Mas isso não tem nenhuma importância na formação do conceito nas ciências da natureza, na medida em que nelas a relação experimental controla todo o uso dos conceitos, impondo assim um ideal de univocidade e preparando de modo puro o conteúdo lógico dos enunciados. GVM II Anexos 29
Para aqueles que tematizaram, primeiramente e com intenção teórica pessoal, o interesse de Dilthey pela historicidade e pela fundamentação das ciências do espírito, por exemplo, para Misch, Groethuysen e Spranger, mas também para Jaspers e Heidegger, sempre foi evidente que Dilthey teve grande participação nas ciências da natureza de seu tempo, sobretudo no seu ramo antropológico e psicológico. GVM II Anexos 29
Krausser desenvolve a teoria estrutural de Dilthey com os meios de uma análise quase cibernética, de modo que a fundamentação das ciências do espírito segue exatamente o modelo das ciências da natureza. GVM II Anexos 29