A metafísica só conhece a CLAREIRA do Ser ou simplesmente como o viso (der Herblick) que oferece, em seu “aspecto” (idea), o presente (das Auwesende) ou criticamente como o visado na pro-spectiva (Hinsicht) da representação categorial por parte da subjetividade. Isso quer dizer: a Verdade do Ser, como a própria CLAREIRA, permanente oculta à metafisica. Esse estar-oculto, porém, não é uma deficiência da metafísica mas o tesouro de sua riqueza, que lhe é recusado e sem embargo lhe é oferecido. A própria CLAREIRA é o Ser. É ela que, dentro do destino do Ser, outorga à metafisica a perspetiva (Anblick), a partir da qual o pre-sente afeta o homem que se lhe apresenta, de sorte que, na percepção (noein), o próprio homem pode atingir o Ser (thigein, Aristóteles, Met. VIII, 10). É a perspectiva (Anblick) que suscita pro-specção (Hin-sicht). Aquela se entrega a essa, quando a percepção se tornou um propor-diante-de-se (Vor-sich-Herstellen) na perceptio da res cogitans, como subietum da certitudo. (GA9BH)