Porque o deus 1 é, como deus, aquele que vê e aquele que vê como quem emerge para a presença, θεάων, o deus é ο δαίων – δαίμων, aquele que no ver se apresenta, ele mesmo, como o descoberto. O que se apresenta ele mesmo no ver é um deus, porque o fundamento do extra ordinário, do próprio ser, possui a essência do aparecimento autodesvelante. Mas o extra-ordinário aparece no ordinário e como o ordinário. O que vê aparece na vista e “no perfil” do ordinário, dos entes. Aquele que no interior do ordinário traz à presença por sua própria visão é o homem. Por isso a vista do divino necessita reunir-se a si mesma no interior do ordinário, no âmbito da essência da visão humana, e necessita ser colocada ali em sua configuração. O homem, ele próprio, é esse ser que tem a característica, o que o distingue, de ser tocado pelo próprio ser, de tal maneira que no mostrar-se do homem, no seu ver e na sua vista, o próprio extraordinário, o deus, aparece. [GA54PT:152]