Zimmerman (1982:231-233) – A liberdade não é um poder humano arbitrário

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Embora Heidegger tenha desenvolvido o conceito de Ereignis entre 1936 e 1938, as sementes desta ideia foram plantadas em Ser e Tempo e começaram a germinar no seu ensaio de 1930, “Sobre a Essência da Verdade”. Aqui é-nos dito que a liberdade constitui a essência da verdade ou da revelação. A liberdade não é um poder humano arbitrário.
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Na sua obra posterior, Heidegger continuou a desenvolver a ideia de que a existência humana não é apenas para si própria, mas tem uma função cósmica. O homem é “atirado” para a verdade do Ser; é chamado a guardar esta verdade ou abertura. Heidegger chama mesmo ao homem “o pastor do Ser”. (GA9:WGM, 161-162/210) Quando ele fala do fato de que o Ser “precisa” do homem (GA6T2:NII, 483), o seu ponto de vista é duplo. Primeiro, sem a abertura humana, os entes não poderiam revelar o seu aspecto inteligível. Em segundo lugar, sem o ser humano autenticamente apropriado, o jogo cósmico de revelação/ocultação (Ereignis) não seria revelado. Uma vez que Ser significa presentificação, e que Dasein significa o local onde esta presentificação apresenta-se (revela-se), Ser e Dasein estão intimamente relacionados. Por volta de 1945, Heidegger descreveu esta relação: Este “onde” (Wo). … pertence ao próprio Ser, “é” o próprio Ser, e por isso é chamado de Da-sein (GA6T2:358).

Original

Excertos de ,

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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