Nähe, nearness, proximidade, proximité
Quanto mais não ente o homem é, quanto menos ele se depara previamente com o ente como o qual ele é, se cristalizando aí, tanto mais próximo ele chega do ser. (Nenhum budismo! O contrário). (GA65 §83) VIDE: NÄHE E CORRELATOS
proximité nearness proximidad proximidade
NT: Nearness (Nähe, an existential), 97, 102-103 (of useful things), 105-107, 105fn, 140-142 (of what is feared), 154-155, 185-186, 262, 396; bringing near, nearing, approaching (Näherung), 105-108, 105fn, 142, 149, 172, 185-186, 262, 359-360, 368-369. See also Calculating; De-distancing; Distantiality; Estimating; Farness; Nearest/farthest (BTJS)
Independentemente do seu papel na ESPACIALIDADE (Räumlichkeit), Nähe, “proximidade”, de nah, “próximo”, e Ferne, “lonjura, distância”, de fern, “longe, distante”, estão constantemente presentes no pensamento de Heidegger. “Próximo” e “distante” são contrários, embora cada um envolva o outro. Se algo está muito próximo, também está distante: Dasein é “onticamente o mais próximo de nós, mas ontologicamente o mais distante” (GA24, 220. Cf. SZ, 15). A TRANSCENDÊNCIA (Transzendenz) coloca uma distância (Abstand) adequada entre nós e as coisas: “O homem é uma criatura da distância (ein Wesen der Ferne)! E unicamente através da distância genuína original que, em sua transcendência, ele estabelece em relação a todos os entes é que a verdadeira proximidade das coisas chega a surgir dentro dele. Apenas a habilidade de ouvir à distância propicia o despertar da resposta daqueles homens que deveriam lhe ser próximos” (GA26, 285). Pode-se estar próximo ou distante dos entes, e também do próprio ser, que está “mais distante (weiter) do que todos os entes, já que ele é a própria iluminação” (GA9, 333). A preocupação com a certeza de Descartes e de Husserl envolve Seinsferne, “o remoto do ser”, o estar remoto “do ser do mundo e mais ainda do ser de Dasein enquanto tal” (GA17, 282). De uma forma diferente, quando os alemães estabelecem o seu lugar entre as outras nações, a “pátria dessa morada histórica é a proximidade do ser” (GA9, 335). (DH:155)