Tag: (A) Zimmerman

Michael E. Zimmerman (1946), filósofo americano, professor na Universidade de Colorado em Boulder.

  • A noção de que o mundo é constituído pelo espelhamento mútuo de seus elementos é uma reminiscência da noção de Leibniz de que cada mônada reflete o mundo a partir de seu próprio ponto de vista. Já em 1926, Heidegger criticou a descrição de Leibniz das mônadas como “sem janelas”. Elas não podem ser sem…

  • Em Ser e Tempo, Heidegger explicou que a existência humana constitui a abertura onde os seres podem ser revelados. Para Heidegger, para algo “ser” significa ser revelado, descoberto, tornado manifesto. Ser não se refere a uma coisa mas ao acontecimento de se manifestar. Sem a abertura que ocorre apenas através dos seres humanos, outros entes…

  • Although there is some danger in applying the notion of “development” to a thinker’s work, Heidegger himself provides some justification for this approach when he talks about the “turn” (Kehre) in his thinking. (LR, xvi; WGM, 159/207-208) In some sense, all of his philosophical work involves a turning-back or returning to (xx) beginnings, to what…

  • Foi suscitado um debate sobre o significado que Heidegger atribui à palavra “Entschlossenheit”. Normalmente significa determinação, mas deriva do verbo “schliessen”, que significa trancafiar, fechar ou trancar. Entschliessen, então, significa literalmente abrir a porta ou abrir a fechadura. O Dasein resoluto é libertado da sua anterior escravatura ao “impessoal” (das Man) porque escolheu revelar (erschliessen)…

  • A thorough comparison of Kierkegaard and Heidegger on resoluteness can be found elsewhere.1 Here I only want to mention the following points. For Kierkegaard, the human subject is authentic only when infinitely concerned about its own subjectivity; the highest task of human life is to become a subject in the most appropriate way.2 Accomplishing this…

  • As resolute, Dasein discloses its ontological finitude (guilt). But for such resoluteness to be fully authentic, Dasein must disclose itself in terms of its most unique and individuating possibility: Being-towards-death. Anticipation of death reveals the mortality at the heart of ontological guilt. Resoluteness, the disclosure of Dasein’s own finitude, becomes fully authentic when it anticipates…

  • O eu inautêntico é “inconstante” porque a sua experiência é uma coleção de momentos fragmentados. Porque gostamos de acreditar que há algo a unir estes momentos, falamos frequentemente do eu como se fosse uma substância subjacente aos “predicados” da experiência. Heidegger, como é óbvio, rejeita esta visão substancial do eu. Ele explica que normalmente nos…

  • A temporalidade tridimensional é o sentido unificador do tríplice Ser do Dasein como cuidado (Sorge). Por isso, a temporalidade torna possível a unidade do ser humano. Mais fundamental do que o ego pessoal é a temporalidade que “se gera a si própria” (sich zeitigt). “A temporalidade gera-se a si mesma e, de fato, gera possíveis…

  • O conceito maduro de autenticidade [Eigentlichkeit = propriedade] de Heidegger desenvolve-se de uma forma diferente dos elementos subjetivos de Ser e Tempo. Este trabalho inicial considerou a questão do sentido do Ser através da análise do Ser do eu autêntico; uma abordagem que sofre de dois tipos de subjetivismo. Em primeiro lugar, foi influenciada pela…

  • Será útil distinguir alguns dos diferentes significados do termo “eu” (self) que entram em jogo na análise de Heidegger da individualidade. Em primeiro lugar, o “eu” refere-se ao “eu” quotidiano, que é uma espécie de objetivação da nossa existência. Em segundo lugar, o “eu” refere-se ao modo autêntico de existir como resolução antecipadora (vorlaufende Entschlossenheit).…

  • A análise etimológica de Albert Hofstadter da palavra Ereignis mostra o seguinte. Primeiro, Ereignis contém o sentido do verbo eignen, tornar algo próprio. Portanto, Ereignis se refere à apropriação mútua dos elementos do mundo. Em segundo lugar, Ereignis também se origina de uma forma verbal antiga, eräugnen, colocar diante dos olhos (Augen), mostrar. O professor…

  • O conceito maduro de autenticidade deve ser considerado à luz da ideia de {Ereignis}. Esta ideia, que em certos aspectos é sinônima de “ser”, tem pelo menos três sentidos. Primeiro, significa o mesmo que o {Logos} de Heráclito: o interjogo dinâmico do ocultar e aparecer, ausência e presença, que constitui o cosmos. Segundo, {Ereignis} refere-se…

  • Para desenvolver uma alternativa à compreensão atual do Ser, Heidegger recorre à frase de Angelus Silesius: A rosa não tem um porquê; floresce porque floresce; Não se preocupa consigo mesma, não pergunta se é vista. (GA10:SG, 68) A rosa, como outros entes naturais, não oferece nenhuma razão para seu Ser; floresce porque floresce, assim como…

  • Ao tentar explicar Ereignis, Heidegger tenta o impossível. Como Ereignis “não é”, não podemos falar sobre ele de forma proposicional. O próprio Heidegger diz que “tudo — afirmações, perguntas e respostas — pressupõe a experiência da própria matéria” (GA14:ZS, 27/25-26). O legein mortal deve reunir e abrigar o Logos cósmico. Em seu ensaio de 1936,…

  • Em seu ensaio “Caminho da Linguagem” (1959, GA12), Heidegger interpreta a palavra Dizer da mesma forma que interpreta a palavra Logos — como uma palavra cosmológica. Dizer não é, de forma alguma, a expressão linguística adicionada aos fenômenos depois que eles aparecem — em vez disso, toda a aparência radiante e todo o desaparecimento estão…

  • Dessa forma, ao clareá-los, o Ser deixa os entes à deriva na errância. Os entes passam a existir nessa errância pela qual eles contornam o Ser e estabelecem o reino do erro (no sentido do reino de um príncipe ou do reino da poesia). O erro é o espaço no qual a história se desenvolve.…

  • Embora em sua concepção de tecnologia moderna Heidegger devesse mais a Ernst Jünger do que a qualquer outra pessoa, as opiniões de ambos eram consistentes com as de alguns outros membros da “revolução conservadora”. Eles concordavam que a tecnologia não podia ser entendida em termos de categorias sociais, políticas ou econômicas; em vez disso, as…

  • A própria linguagem de Jünger produz um efeito impressionante, mas difícil de descrever, no leitor. Apesar de falar sobre o sangue quente da “experiência interior”, ele descreveu as coisas de uma forma estranhamente distanciada, como se fosse um observador em um mundo de pesadelo do qual não havia como despertar. No entanto, como sua escrita…

  • Preocupação com questões urgentes da “existência fáctica” e problemas de história da metafísica. Relações entre decadência do Ocidente no niilismo e declínio da humanidade ocidental na compreensão do ser. A tese Jünger de que a Gestalt do trabalhador mobilizava o planeta em um frenesi técnico, similar a Spengler, Scheler e outros. Jünger expressa melhor a…

  • O perigo em que se encontra o «sagrado coração dos povos» do Ocidente não é o de estar em declínio, mas é o de que nós entregamo-nos à extravagância, emaranhamo-nos a nós mesmos à vontade da modernidade e impulsionamo-la. (GA55:181) Para Martin Heidegger, a «modernidade» constituía o estágio final da história do declínio do Ocidente,…

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

Twenty Twenty-Five

Designed with WordPress