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PAUL RICŒUR (1913-2005)

  • P. Ricœur, Finitude et Culpabilité, I, L’homme faillible, Aubier, 1960, pp. 55-57. O que é a coisa? É a unidade já realizada num vis-à-vis da palavra e do ponto de vista; é a síntese tal como é operada a partir do exterior. Esta síntese, na medida em que está num vis-à-vis, tem um nome: objetividade.…

  • P. Ricœur, Philosophie de la volonté, Aubier, 1950, pp. 12-15. 1. Esta reconquista pode muito bem basear-se no Cogito de Descartes, mas Descartes agrava a dificuldade ao relacionar a alma e o corpo com duas linhas de inteligibilidade heterogéneas, ao remeter a alma para a reflexão e o corpo para a geometria: institui assim um…

  • P. Ricœur, Finitude et Culpabilité, I, L’homme faillible, pp. 127-129. A trilogia das paixões da posse (Habsucht), do domínio (Herrschsucht) e da honra (Ehrsucht) é, desde o início, uma trilogia das paixões humanas; desde o início, requer situações típicas de um ambiente cultural e da história humana. Os tratados tomistas e cartesianos [sobre as paixões]…

  • P. Ricœur, Platon et Aristote, Centre de Documentation Universitaire (Sorbonne), p. 145-147. É necessário mostrar primeiro como se articulam as duas leituras da Metafísica: a leitura de Werner Jaeger, que busca redescobrir a ordem da descoberta, a ordem cronológica das teses de uma Urmetaphysik platônica, e a ordem da exposição, aquela que Aristóteles queria para…

  • (Ricoeur1996) O segundo problema, a questão do preenchimento (Erfüllung), está ligado ao primeiro e representa o teste crucial para uma filosofia que coloca a intencionalidade em seu centro. Se a intencionalidade supera a mera divisão entre sujeito e objeto, deve ser absolutamente demonstrado como meu ato intencional pode ser preenchido pela doação de um objeto,…

  • (Ricoeur1996) A “síntese passiva” é um conceito que Husserl introduz para explicar o fato de que a atividade de constituição pela consciência possui uma passividade que já é permeada por alguma forma de atividade. Nesse sentido, a síntese realizada por um Ego tem, ela mesma, uma gênese. Husserl fala, portanto, de “síntese passiva” e “gênese…

  • C’est, en revanche, la tâche de l’herméneutique de reconstruire l’ensemble des opérations par lesquelles une œuvre s’enlève sur le fond opaque du vivre, de l’agir et du souffrir, pour être donnée par un auteur à un lecteur qui la reçoit et ainsi change son agir. PRTR1 I 3 Une herméneutique, en revanche, est soucieuse de…

  • Bien plus, cette anthropologie philosophique s’organise sur la base d’une thématique, celle du Souci (Sorge), qui, sans jamais s’épuiser dans une praxéologie, puise néanmoins dans des descriptions empruntées à l’ordre pratique la force subversive qui lui permet d’ébranler le primat de la connaissance par objet, et de dévoiler la structure de l’être-au-monde plus fondamentale que…

  • 1. Os filósofos de língua inglesa e de cultura analítica aprenderam em primeiro lugar em Locke e em Hume que sem o fio condutor da distinção entre dois modelos de identidade e sem o auxílio da mediação narrativa, a questão da identidade pessoal perde-se nos arcanos de dificuldades e de paradoxos paralisantes. Do primeiro, a…

  • O problema hermenêutico adquiriu uma nova ênfase na esfera da lógica das ciências sociais. Certamente, dever-se-á reconhecer que a dimensão hermenêutica encontra-se à base de toda experiência de mundo, desempenhando por isso uma função também no trabalho das ciências naturais, como ficou demonstrado sobretudo por Thomas Kuhn. E isso vale ainda com mais decisão para…

  • Gwendoline JARCZYK. — Seu último livro, com o sugestivo título Soi-même comme un autre (Eu mesmo como um outro), é uma importante contribuição para sua pesquisa ao longo da vida. Como você encontra o “sujeito”? Paul RICŒUR. — Eu o encontro sob um título que foi deliberadamente escolhido: distinto do “eu”. Nas discussões filosóficas, a…

  • [(e) Al oponerse a la tesis idealista de la última responsabilidad de si del sujeto que medita, la hermenéutica incita a convertir a la subjetividad en la última y no la primera categoría de una teoría de la comprensión. La subjetividad debe perderse como origen, para que pueda recuperarse en un papel más modesto que…

  • Excerto de RICŒUR, Paul. SOI-MÊME COMME UN AUTRE. Paris: Seuil, 1990, p. 10-11 A primeira intenção era indicar a primazia da meditação reflexiva sobre a posição imediata do sujeito, pois isso é expresso na primeira pessoa do singular: “Eu penso”, “Eu sou”. Essa intenção inicial baseia-se nas gramáticas das línguas naturais, na medida em que…

  • Devemos distinguir entre moralidade e ética? Para dizer a verdade, nada na etimologia ou na história do uso das palavras o impõe: uma vem do grego, a outra do latim, e ambas se referem à ideia de costumes (ethos , mores); no entanto, uma nuance pode ser discernida, dependendo se se enfatiza o que é…

  • De fato, quase duzentas páginas são dedicadas ao ser-no-mundo, à mundanidade do mundo em geral, como se fosse necessário penetrar primeiro no sentido do mundo circundante, antes de ter o direito — antes de ter o direito — de nos deixarmos confrontar pelas estruturas do “ser-aí… como tal”: situação, compreensão, explicitação, discurso. Não é sem…

  • [O vocabulário da temporalidade dar-nos-á uma ideia ampla desta luta quase desesperada para compensar as palavras que faltam: as palavras mais simples, como “futuro”, “passado”, “presente”, são o lugar deste trabalho esgotante da linguagem.] Se a fenomenologia hermenêutica pode pretender escapar à alternativa entre uma intuição direta mas muda do tempo e uma pressuposição indireta…

  • Por que é preciso entrar na questão da temporalidade pela questão da “possibilidade de ser-um-todo” ou, como diremos de modo equivalente, de “ser-integral”? À primeira vista, a noção de Cuidado não parece exigi-lo; parece até não admiti-lo. A primeira implicação temporal que ela exibe é, com efeito, a do ser-em-frente-a-si (das Sichvorweg), a qual não…

  • Digamos uma palavra sobre o problema em seu aspecto mais geral e mais formal. Em princípio, o termo “existenciário” (existenziell) caracteriza a escolha concreta de uma maneira de ser-no-mundo, o compromisso ético garantido por personalidades excepcionais, por comunidades, eclesiais ou não, por culturas inteiras. O termo “existencial” (existenzial), em compensação, caracteriza toda análise que visa…

  • O reino da inautenticidade não para de reabrir a questão do critério de autenticidade. É à consciência moral (Gewissen) que se pede então a atestação da autenticidade. O capítulo II (SZ) dedicado a esta análise intitula-se: “A atestação (Bezeugung) própria do ser-aí de um autêntico poder-ser e resolução”. Este capítulo, que parece atrasar ainda mais…

  • Não se pode, na minha opinião, a não ser saindo da filosofia da linguagem e interrogando-se sobre a espécie de ser que pode assim prestar-se a uma dupla identificação como pessoa objetiva e como sujeito que reflete. O fenômeno ancoragem sugere por ele próprio a direção na qual precisaria engajar-se; é a mesma que a…

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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