Tag: Parmenides
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Todo o ente é no ser. Ouvir tal coisa soa de modo trivial em nosso ouvido, quando não de modo ofensivo. Pois, pelo fato de o ente ter seu lugar no ser, ninguém precisa preocupar-se. Todo mundo sabe: ente é aquilo que é. Qual a outra solução para o ente a não ser esta: ser?…
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O que chegou ao fim é a distinção básica entre o sensual e o supra-sensual, juntamente com a noção, pelo menos tão antiga quanto Parmênides, de que tudo o que não é dado aos sentidos — Deus ou Ser ou os Primeiros Princípios e Causas (archai) ou as Ideias — é mais real, mais verdadeiro,…
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Hoje, o infinitismo está em crise, tanto na filosofia como no resto da cultura ocidental. O relativismo teórico e a falibilidade são moedas correntes nas teorias da natureza. A morte das utopias e do messianismo secularizado sinaliza o mea-culpa das éticas infinitistas.1 Também perderam a (10) força as ideias correlatas do progresso e da perfectibilidade…
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In his 1922 essay “Phänomenologische Interpretationen zu Aristoteles,” pp. 255ff., Heidegger had translated the term νοεῖν in Parmenides and Aristotle as both Vernehmen (“perceiving”) and Vermeinen (“meaning (something)”). In the present text, he combines these two translations in the phrase vernehmendes Vermeinen, for which “perceptual mean-ing” has been used. The hyphenated term “mean-ing” has been…
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(…) o νοεϊν, quer dizer em uma breve tradução, o pensamento, não é então um pensamento senão na medida em que permanece sob a dependência do εΐναι, do Ser, e aí se enraíza. O νοεϊν não é, de nenhuma maneira, “pensamento”, por este simples fato que ele decorre de uma atividade imaterial da alma e…
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A problemática da ontologia grega, bem como de toda ontologia, deve ser orientada pela própria presença. Tanto em sua definição vulgar como em sua “definição” filosófica, a presença, isto é, o ser do homem, caracteriza-se como ζωον λόγον εχον, o ser vivo cujo modo de ser é, essencialmente, determinado pela possibilidade de falar. O λέγειν…
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Pensar é a atenção para o essencial. Em tal atenção essencial reside o saber essencial. O que usualmente chama-se de “saber” é estar informado acerca de uma certa questão e de suas relações factuais. Graças a estes conhecimentos “dominamos” as coisas. Este “saber” de dominação se dirige ao ente cada vez dado, à sua estrutura…
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(…) Heidegger observa que a primazia filosófica concedida à visão foi reconhecida particularmente por Agostinho no Livro X das suas Confissões, que discute a concupiscentia oculorum, o desejo do olho. “A verdade originária e genuína”, como diz Heidegger (3), “reside no puro contemplar [ou intuir: Anschauung]. Esta tese continua a ser o fundamento da filosofia…