Tag: müssen

  • Em meio à discussão da diferença entre filosofia científica e filosofia como visão de mundo, é conveniente começar pelo conceito que foi por último nomeado, e, em verdade, pelo termo “visão de mundo” (Weltanschauung). Esse termo em alemão não é nenhuma tradução oriunda do grego ou do latim, por exemplo. Não há uma expressão como…

  • Percorrendo as diversas etapas da instauração kantiana, descobrimos como esta alcançou finalmente à imaginação transcendental que se revela ser o fundamento da possibilidade intrínseca da síntese ontológica, quer dizer da transcendência. Quando se constatou este fundamento e o explicitou-se originalmente como temporalidade, tem-se verdadeiramente o resultado da instauração kantiana? Ou a instauração kantiana conduz ainda…

  • Na passagem que acabamos de citar, Nietzsche diz: todos os afetos são “configurações” da vontade de poder. Se perguntarmos o que é a vontade de poder, Nietzsche então responderá: ela é o afeto originário. Os afetos são formas da vontade; a vontade é afeto. Denomina-se tal procedimento uma definição circular. O senso comum se acha…

  • Nietzsche equipara, frequentemente, poder e força, sem que essa noção de força seja determinada de maneira mais próxima. Força, a capacidade reunida em si e pronta para atuação, o estar em condições de…, é o que os gregos, antes (51) de tudo Aristóteles, designam como δυναμις. Contudo, o poder é igualmente o ser-poderoso no sentido…

  • Se o pensamento nietzschiano da vontade de poder é o pensamento fundamental de sua filosofia e da metafísica ocidental, então a essência do conhecimento, isto é, a essência da verdade, precisará ser determinada a partir da vontade de poder. A verdade contém e oferece o que é, o ente em meio ao qual o próprio…

  • Mas como haveríamos de encontrar a luminosidade do pensamento, se não nos deixamos conduzir pelo amplo caminho do pensamento e, assim, aprendemos a pensar no vagar? Talvez a questão seja mais primária. Talvez precisemos primeiro aprender a aprender, e aprender a poder aprender. E, talvez, seja ainda mais primária. Talvez precisemos primeiro estar prontos para…

  • Na medida em que se interpreta a sentença de Protágoras sobre o homem como a medida de todas as coisas “subjetivamente”, isto é, como se todas as coisas dependessem do homem enquanto o “sujeito”, transpõe-se o conteúdo grego para uma posição metafísica fundamental, que concebe o homem de maneira essencialmente diversa da dos gregos. Mas…

  • Para Hegel o objeto do pensamento é o ser sob o ponto de vista do caráter de pensado do ente, no pensamento absoluto e enquanto tal. Para nós o objeto do pensamento é o mesmo, portanto o ser, mas o ser sob o ponto de vista de sua diferença com o ente. Expresso com mais…

  • A relação de pensar e ser está em discussão. Antes de mais nada, devemos considerar atentamente que, pensando de forma penetrante sobre essa relação, o texto (fragmento VIII, 34s.) fala do eon e não do einai, como no fragmento III. Com isso pode-se, até com certo direito, achar que, no fragmento VIII, a questão não…

  • P — O vazio é então a mesma coisa que o nada, isto é, o vigor que procuramos pensar como o outro de toda vigência e de toda ausência? J — De certo. É por isso que no Japão logo entendemos a conferência O que é metafísica? que nos chegou em 1930, numa tradução (88)…