Tag: McNeill

  • A segunda forma de conhecimento que Aristóteles considera é a techne, aqui entendida no sentido restrito de know-how que diz respeito a fazer ou produzir. A techne tem como objeto algo que passa por mudanças. Seu objeto (o produto) passa por mudanças no sentido específico de que, antes do processo produtivo, ainda não existe em…

  • Pois o noûs apreende o que é último (eschaton) em ambos os aspectos, uma vez que os últimos e as delimitações primárias (proton horon) são apreendidos pelo noûs e não pelo logos. Nas demonstrações, o noûs apreende as delimitações imutáveis e primárias, nas inferências práticas ele apreende o fato último (eschatou) que pode ser de…

  • (…) O animal pode ver porque tem olhos ou tem olhos porque pode ver? O que o olho do animal pode realizar em cada caso e a estrutura do olho como órgão devem ser compreendidos em termos da capacidade de ver. A capacidade de ver, por outro lado, não pode ser adequadamente determinada em termos…

  • Nosso primeiro capítulo tornou visível o Ser ou Dasein dos seres humanos como um habitar na presença de outros entes, um habitar primeiramente possibilitado pelo fato de o Dasein ser mantido, por meio da sintonização da Angústia, em uma abertura futura para o seu próprio ter-sido, uma abertura na qual o momento da ação, o…

  • (…) Por enquanto, vamos nos deter por um momento no que Heidegger em Ser e Tempo identifica como a peculiaridade, ou Eigentümlichkeit, da angústia: a “indeterminação peculiar” daquilo na presença do qual o Dasein se encontra sintonizado na angústia (SZ:188); a “temporalidade peculiar” da angústia, de tal forma que “ela é originalmente fundamentada no ter-sido,…

  • É no curso de 1929-30, Os Conceitos Fundamentais da Metafísica, de 1929-30: Mundo, Finitude, Solidão (GA29-30), entretanto, que Heidegger aponta mais claramente para o elemento transformador do engajamento proto-ético. E o que está em questão aqui é precisamente a resposta do indivíduo ao discurso da analítica — uma questão, em suma, de se uma possibilidade…

  • Uma terceira discussão sobre a primeira linha da Metafísica aparece no curso que se segue diretamente às palestras do Sofista: os Prolegômenos à História do Conceito de Tempo (GA20), ministrados no semestre de verão de 1925 e destinados a serem retrabalhados na primeira divisão de Ser e Tempo. Como na obra magna, a discussão ocorre…

  • Mas porque é que, em primeiro lugar, o ver e a visão se tornaram o modo privilegiado de acesso às coisas no desenvolvimento explícito do conhecimento, quer do conhecimento cognitivo, quer do conhecimento mais essencial atribuído à sabedoria? Porque não a audição ou o olfato, o tato ou o paladar? Noutro lugar, Heidegger argumenta que…

  • Nas palestras sobre o Sofista no curso do semestre de inverno de 1924/25, Heidegger tenta traçar a gênese da forma suprema de conhecimento “científico” ou episteme, a saber, a sophia amada pelos filósofos, uma gênese retratada nos dois primeiros capítulos do Livro I da Metafísica.1 Ali, Aristóteles apresenta sua investigação como partindo das opiniões e…

  • (…) devido à sua capacidade de auto-produção, auto-renovação e autorregulação, o organismo deve ter dentro de si uma força ativa específica ou um agente vital, uma “entelequia”. Esta conclusão, insiste Heidegger, encerra o problema da essência da vida. Pois implica algum tipo de causa eficiente que origina e controla o movimento e o desenvolvimento do…