Tag: McNeill
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O que é notável não é apenas o fato de a linguagem que se tornaria a de (Ser e Tempo) estar sendo usada para traduzir a Ética a Nicômaco de Aristóteles, mas também que um certo deslocamento do pensamento de Aristóteles parece estar em andamento. Pois o que a tradução de Heidegger enfatiza, apreendendo o…
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(…) Heidegger observa que a primazia filosófica concedida à visão foi reconhecida particularmente por Agostinho no Livro X das suas Confissões, que discute a concupiscentia oculorum, o desejo do olho. “A verdade originária e genuína”, como diz Heidegger (3), “reside no puro contemplar [ou intuir: Anschauung]. Esta tese continua a ser o fundamento da filosofia…
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(…) A primeira e mais óbvia destas [três concepções do desejo de ver] seria o desejo quotidiano de ver, tal como se manifesta na nossa curiosidade quotidiana. O desejo por detrás deste “ver”, enquanto modo de compreensão do Dasein, não se limita a ver com os olhos (SZ, 170). Abrange também, por exemplo, o desejo…
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The present study (The Time of Life) seeks to explore Heidegger’s understanding of êthos — of the originary dimension of the ethical and of human action — conceived in terms of the time of life and the temporality of human existence. Êthos for Heidegger means our dwelling, understood temporally as a way of Being, yet…
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A interpretação desta curiosidade quotidiana como um desejo apenas de ter visto já aponta para uma segunda concepção possível (da vontade de ver), que seria a do desejo filosófico de ver, tal como representado pela história da ontologia ou da metafísica. Esta vontade procuraria, de fato, ver, mas desta vez numa forma de apreensão não…
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O Thaumazein, então — como Ser e Tempo já indicou — não deve ser identificado com curiosidade. Se existe um certo desejo relativo a tal maravilha ou “espanto” (Er-staunen) — pois este último só é experimentado na medida em que a techne humana se volta para e se depara com a physis, contra a prevalência…
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As we have seen, Heidegger developed his conception of destruction well before Being and Time. Although the first appearance of the term Destruktion is a mention in the course on Basic Problems of Phenomenology from winter semester 1919–1920 (GA58, 139), the theme is already anticipated the previous semester, in his course on Phenomenological and Transcendental…
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(…) Se o pensamento já não está limitado ao horizonte da fenomenalidade, da auto-revelação das coisas, o que é que o impede de se tornar arbitrário ou caprichoso? A que é que estará limitado? Se a base ou o fundamento ôntico da ontologia já não é o ente que compreende o ser, então em que…
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Aristóteles começa sua investigação comparativa considerando a episteme (Ética a Nicômaco VI). O conhecimento epistêmico tem como objeto algo que existe por necessidade e é eterno (aidion). Seu objeto não pode estar sujeito a crescimento ou decadência (é ageneta) (Ética a Nicômaco, 1139 b24). E isso significa que seu ser deve permanecer constante mesmo quando…
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A discussão de Heidegger sobre a phronesis se concentra inicialmente no Livro VI da Ética a Nicômaco, onde Aristóteles descreve cinco maneiras pelas quais a alma alcança a verdade (aletheia) em afirmação ou negação, ou seja, por meio do logos. Elas são identificadas como techne, episteme, phronesis, sophia e noûs. Diz-se que o julgamento (hypolepsis)…