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Jean-Luc Marion (1946). Mais páginas em SOFIA

  • (MarionSurcroit) Aqui se trata do excesso — do excesso da intuição sobre o conceito, do fenômeno saturado e de sua doação fora do comum —, e, além disso, mais uma vez 1. Do excesso, primeiro. Os fenômenos aparecem sempre de acordo com a calma adequação neles da intuição com uma ou várias significações, ou seguindo…

  • (Marion2012) […] Evidence — justement, elle se signale de manière exemplaire au célèbre § 39 de la VIe Recherche logique, sous le titre « Evidence et vérité ». Il s’y agit de rien de moins que de définir la vérité. Or, tout en assumant le double héritage de la métaphysique depuis les médiévaux jusqu’à Kant…

  • (MarionDado) Podemos agora compreender como invocar um princípio na fenomenologia não contradiz, no entanto, o direito do fenômeno de se mostrar por si mesmo; de fato, a doação estabelece como princípio precisamente que nada precede o fenômeno, exceto sua própria aparição a partir de si mesmo; o que equivale a afirmar que o fenômeno advém…

  • Heidegger, «Was heisst “gegeben”, “Gegebenheit” – dieses Zauberwort der Phänomenologie und der “Stein des Anstosses” bei den anderen», Grundprobleme der Phänomenologie, WS 1919-1920, GA 58, p. 5. – Aqui, parece-nos, Heidegger indica que, assim como o «escândalo» do racionalismo vulgar, a «magia» de um encantamento supostamente místico também não oferece uma atitude apropriada ao que…

  • (…) Porque é que o amor é espalhado aos ventos, porque é que lhe é negada uma racionalidade erótica, porque é que é enquadrado no horizonte do ser? A resposta não está longe: porque o amor é definido como uma paixão e, portanto, como uma modalidade derivada, ou mesmo opcional, do “sujeito”, ele próprio definido…

  • (…) O Dasein, porque põe em jogo o ser nele, não pode senão pôr-se ele mesmo em jogo e, portanto, logo não pode senão dizer-se em pessoa, tal como não pode senão pôr-se em jogo como um eu: “O ente que chamamos Dasein, eu o sou a cada vez eu mesmo (bin ich je selbst),…

  • (…) “Tão aparecer, quão ser/estar”. Ao querer restabelecer a dignidade ôntica do aparecer, este princípio reabilita-o ao ponto de o opor ao próprio ser; Husserl consagra assim uma oposição platônica perfeitamente tradicional, mesmo se ele tende — quase como Nietzsche — a transformá-la numa equivalência; ele permanece, em todo o caso, numa situação tipicamente metafísica.…

  • (…) a questão do princípio (em fenomenologia) coloca uma questão de princípio: como atribuir um princípio ao método ou à ciência (três termos sinónimos em metafísica) que toma a iniciativa de se livrar da iniciativa? Que tipo de princípio permaneceria uno (indiscutível, universal, incondicionado) sem contradizer a própria viragem fenomenológica (sem preceder e, portanto, pretender…

  • O fenômeno fundamental foi assim adquirido: como tonalidade fundamental, “a angústia manifesta o Nada”; portanto, no momento da crise de angústia, “o próprio Nada — enquanto tal — estava aí”. Doravante, “a questão do Nada permanece efetivamente construída (gestellt bleibt)”. Mas o que manifesta o Nada, que está aí, no ser-aí? Du moins un point…

  • Heidegger, “Was heisst ‘gegeben’, ‘Gegebenheit’ — dieses Zauberwort der Phänomenologie und der ‘Stein des Anstosses’ bei den anderen”, Grundprobleme der Phänomenologie, WS 1919-1920, GA58, p. 5. — Aqui, parece-nos, Heidegger indica que, não mais do que o “escândalo” do racionalismo vulgar, a “magia” de um encantamento supostamente místico não oferece uma atitude adequada ao que…

  • Como colocar e construir a questão do “fenômeno do ser”? Para não repetir a aporia a que a analítica transcendental do Dasein conduziu em 1927, seguiremos doravante o caminho traçado pela conferência de 1929. Esta tenta acceder diretamente ao ser (sem a mediação do ser do ente do Dasein); além disso, pretende fazê-lo no terreno…

  • Assim, aproximadamente definida, a dação provoca uma inevitável dupla reticência. – A primeiro se deve ao seu caráter factual, imposto de fato e sempre alcançado: o dado, o que quer que possa ser, não admite nenhuma exceção; o dado de fato já é sempre aí, ou melhor, já é sempre aqui, tão próximo quanto possível,…

  • Ya hemos hablado, al menos una vez, a propósito de Réduction et donation, de un “(…) tipo de fenomenología negativa, siguiendo la teología negativa desplegada en Dieu sans l’être.” (“Réponses à quelques questions”, Revue de Métaphysique et de Morale, 1991/1, p. 68). Esta expresión nos parece hoy inexacta e inapropiada. Inexacta, porque en la teología…

  • “… toda a intuição dadora originária é uma fonte de direito para o conhecimento, que tudo o que se nos oferece originariamente na intuição (na sua efetividade carnal, por assim dizer) deve simplesmente ser recebido por isto que se dá, mas sem ultrapassar os limites nos quais se dá”. Reste alors à examiner la troisième…

  • [(O mundo não se abre primeiro como um espaço, avança, descobre-se e desenrola-se como um fluxo. Neste rio não me banho à bel-prazer, aí não vou à vontade, porque ele não cessa de me acontecer, surgir sobre mim e quase me arrastar na torrente disto que me aparece. Não se trata de um fluxo de…

  • Admitting the phenomenality proper to the phenomenon—its right and its power to show itself on its own terms—thus implies understanding it in terms of givenness. Husserl, summing up at the end of his career what was gained in his first “breakthrough work,” the Logical Investigations, indicates exactly what change was demanded of philosophical thought: “It…

  • Étant donné (Siendo dado) – esta expresión parece ir de suyo. La comprensión espontánea se alia fácilmente a la lectura erudita para añadir un artículo a la primera palabra y poder leer así “l’étant donné” (el ente dado), considerando “(l’) étant” [ (el) ente] como un sustantivo y concluyendo simplemente que lo que es, a…

  • (Marion2010) (…) como é que o caráter essencialmente e originariamente de acontecimento do fenômeno, e mesmo de todo o fenômeno (incluindo o mais banal, que acabamos de descrever), pode esbater-se, atenuar-se e desaparecer, a ponto de nos deixar com um objeto? Não para perguntar: até que ponto podemos legitimamente pensar o fenômeno como um acontecimento…

  • Podemos agora compreender como a invocação de um princípio na fenomenologia não contradiz, no entanto, o direito do fenômeno a mostrar-se; de fato, o princípio da dação é precisamente o de que nada precede o fenômeno, a não ser o seu próprio aparecimento a partir de si mesmo; o que equivale a postular que o…

  • O mundo só pode ser fenomenalizado entregando-se a mim e fazendo-me seu doado. Não há nada de injusto, tirânico ou odioso no meu lugar ao sol — no sol erótico que me garante ser amado ou odiado: reivindicá-lo é o meu primeiro dever. Por outro lado, há outra objeção que me pode impedir. Substituir o…

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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