Tag: Maldiney

  • « Être », ce mot-clef de la métaphysique occidentale y a ouvert bien des portes qui donnent sur un mur. De Platon à Heidegger, du Sophiste à Sein und Zeit, les penseurs ont signalé le paradoxe de ce terme d’usage courant qui parmi tous les autres est le plus évident et le moins saisissable. Non…

  • La tension diachronique sous-jacente à la constitution du schème temporel est celle d’une présence (humaine) qui s’anticipe soi-même en s’ouvrant son propre champ. La temporalité est la dimension d’être d’un être en souci. Il ne s’agit pas là d’une simple constatation empirique (encore que celle-ci soit loin d’être in-signifiante). (5) L’indissoluble lien du souci et…

  • Le Es du es gibt allemand peut bien être le fond. Mais le y du il y a est l’ouverture 1. Y être tel est l’acte originaire qui rend possible toute présence dont l’imminence au monde conditionne toute instance. Or il se déploie en ouvrant le temps. C’est parce qu’en lui la présence se destine…

  • O ponto de partida da filosofia de Maldiney é a existência. O que significa a existência? A existência é entendida como um movimento de transcendência: “estar fora de si mesmo e fora de tudo” [Henri Maldiney, “L’existant”, em Penser l’homme et la folie, p. 301]. O existir só pode ser ele mesmo acolhendo o que…

  • A língua não é. Ela existe. Quando falada, ela fala. A linguagem e o discurso articulam-se segundo duas relações inversas que correspondem a dois estados do logos. Por um lado, “não há nada no discurso que não tenha estado anteriormente na língua”. Mas esta é uma meia-verdade que só se aplica ao nível autóptico da…

  • Chronos refere-se a “empurrar” — como tempus a tensionar. Mas refere-se a impulso ou tensão dirigida para… atuando sobre algo e capaz de mover numa determinada direção aquilo a que é aplicado ou implicado — cineticamente. Este impulso direcional não é tensio, mas intentio. χρόνος se réfère à « pousser » — comme tempus à…

  • Para reconhecer a nova dimensão temporal que a decisão abre no sistema verbal, é preciso consultar não a expressão, mas a língua no discurso que ela pronuncia. Assim como dizer “eu quero que ele vá embora” não é querer, dizer “eu decido ir embora” não decide da partida. Não é mais do que uma declaração…

  • A presença não existe senão a se significar e não se significa senão a existir. Todo sentido é articulação da evidência, e a evidência só pode ser encontrada no aberto. Mas o aberto, fundamento do sentido, é também o abismo onde todo limite é absorvido. A presença abole-se tanto na transparência absoluta como na opacidade…

  • O tempo é o meio de preocupação (Sorge), o campo de presença e ausência da existência em vista de si mesma… Mas este em vista de si não implica necessariamente um projeto de totalização — como Hegel e Heidegger assumem na sua constituição da história e da historicidade. A preocupação heideggeriana, a inquietude das ideias…

  • A imagem verbal é uma “projeção” da ação do homem — como desdobramento da energia vital, a força viva que o constitui e individualiza. Esta relação entre a individualidade ativa dos seres e o estatuto primário da ação verbal é precisamente o que une a filosofia estoica e a gramática. “Cada indivíduo — escreve E.…