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THEODORE KISIEL (1930-2021)
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O que é fenomenologia? O que é um fenômeno? Estas questões só podem ser esclarecidas através de uma indicação formal! Toda a experiência (tanto a experiência como o experienciado) pode ser “levada ao fenômeno”, isto é, considerada de acordo com o sentido original daquilo que é experienciado nela: 1) segundo o sentido originário do conteúdo,…
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Como um solus ipse ou singulare tantum, o tempo é um poder de muitas nuances. Como base da unidade e da totalidade, ele é uma força coesiva e vinculante, um poder organizacional e de reunião de acordo com o qual “as coisas se juntam, se encaixam e, portanto, fazem sentido”, fornecendo um “contexto de trabalho”…
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O conceito supostamente “psicológico” de experiência tem de ser definido originalmente, para além das alternativas “objetos – experiências”, fora de um contexto em que literalmente “faz sentido” falar de “experiência”. Também não é suficiente considerar todas as experiências como “relacionadas com o Eu”, como se o Eu fosse imediatamente encontrado nelas. O “eu puro” ou…
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Que estes fatos irrevogáveis de ser aqui e agora estejam associados a uma “culpa” de ser, que o Dasein agora deve reconhecer, não apresenta obstáculos metafóricos menos formidáveis à compreensão ontológica. Mas “a ideia de ‘Culpado!’ deve ser suficientemente formalizada para que os fenômenos comuns de culpa e dívida, relacionados ao que devemos aos outros,…
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Theodore Kisiel, em seu estudo sobre a gênese de Ser e Tempo (KISIEL, Theodore. The Genesis of Heidegger’s Being and Time. Berkeley: University of California Press, 1995, p. 21-23), afirma que Heidegger deu expressão inicial à “questão do sentido do ser”, em um curso dado em 1919. Um esquema feito pelo próprio Heidegger na lousa…
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Não se deve perder de vista que a raiz de phronesis é phren, o coração, a barriga ou o diafragma, que em Homero era considerado a sede da alma, tanto do sentimento como do pensamento. Mas Platão e Aristóteles seguem a tradição pitagórica, que situava a sede do pensamento no cérebro; para eles, a palavra…
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KISIEL, Theodore & SHEEHAN, Thomas (ed.). Becoming Heidegger – On the Trail of his Early Occasional Writings, 1910-1927. Seattle: Noesis Press, 2010. Part 1. Student Years, 1910-1917 -* Curricula Vitae (1913, 1915, Recollective 1957) -* Two Articles for The Academician (1910, 1911) -* The Problem of Reality in Modern Philosophy (1912) -* Recent Reseach in…
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O breve esboço que o próprio Heidegger faz do seu desenvolvimento em direção à Ser e Tempo, pouco depois do seu aparecimento, coloca o dedo no primeiro impulso que a ela conduziu, nomeadamente, a plena identificação do fáctico e dos meios para chegar a ele (“indicação formal”), e localiza o início deste impulso no seu…
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A atitude metodológica de base da antropologia moderna remonta a Descartes. Porque é que a questão do ser é negligenciada aqui e, portanto, em todas as análises subsequentes da consciência? Poder-se-ia pensar que, com uma proposição fundamental como “cogito, sum”, o ser do ego teria de ser interpretado. Mas o sentido do ser na afirmação…
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(…) O tema da fenomenologia não é simplesmente a vida fáctica — este é o domínio abrangente dividido por todas as outras ciências — mas a vida como surgindo da origem, no seu “salto primordial” para o fáctico. A vida fáctica é assim perseguida numa direção inteiramente nova. A fenomenologia quer encontrar a origem da…
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Com efeito, é muito fácil confundir um objeto (Objekt) com uma “contra-instância” [Gegenstand: tradução etimológica do que talvez se possa chamar uma circunstância ou um estado de coisas], que nós próprios tendemos a utilizar como sinônimos. Nem toda a contra-instância é um objeto, embora todo o objeto possa ser considerado formalmente como uma contra-instância. As…
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Assim como “estrutura” domina os próprios interstícios do penúltimo rascunho em sua orientação para o ser, esse rascunho kairológico orientado para o tempo passa a ser dominado por uma nova palavra incidental, como tal e em variantes centrais como “poder-ser” (Seinkönnen): “possibilidade”. Esse desenvolvimento já estava, de fato, começando a tomar forma no final da…
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A elaboração parcial e agora ontologicamente apontada do esquematismo horizontal em direção ao final de SS 1927 (GA24) se rompe como um fragmento, faz pouco para satisfazer nossas questões específicas de SZ. Como locus do desaparecimento de SZ, ela de fato levanta mais questões novas que nunca são realmente respondidas por Heidegger. Mas o Heidegger…
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No momento, estamos captando o sentido em seu movimento para fora, mas estamos realmente mais interessados na “pré” estrutura dessa direção: “O sentido é a direção que já está estruturada por uma pré-possessão (Vorhabe), pré-visualização (Vorsicht) e pré-conceito (Vorgriff)… (ibid.). A extensão temporal do passado para o futuro dessas pré-suposições vividas, agora claramente identificadas como…
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(…) o último novo desenvolvimento conceitual no livro BT existente, a ponta conceitual que se torna o ponto de atrito em SS 1927 (GA24) e, portanto, bloqueia pelo menos um dos caminhos para a conclusão do projeto de SZ. A estranheza desse novo conceito é que ele aparece apenas no §69c (ET69) de SZ, e…
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Part 1. Student Years, 1910-1917 -* Curricula Vitae (1913, 1915, Recollective 1957) -* Two Articles for The Academician (1910, 1911) -* The Problem of Reality in Modern Philosophy (1912) -* Recent Reseach in Logic (1912) -* Messkirch’s Triduum: A Three-Day Meditation on the War (1915) -* Question and Judgement (1915) -* The Concept of Time…
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The core idea of BT as we know it receives its first “oral publication” in the public address entitled “The Concept of Time” presented to the Marburg Theologians’ Society on July 25, 1924. Gadamer aptly calls it the “Urform” of BT. Not yet a draft of BT, it is nevertheless the first major and quite…