Tag: Kant
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Kant reúne a filosofia em torno de três questões: [(Was kann ich wissen? O que é que me é possível conhecer 1?)] Traduzida desta forma, esta questão não é outra senão a do limite do conhecimento, onde começa aquilo que me é impossível conhecer. Ora, o que me é impossível conhecer é tudo o que…
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A leitura que Heidegger faz de Kant parece fazer parte do mesmo esquema interpretativo que vê o campo metafísico espalhado pelas quatro direções do ente. A este respeito, desde Aristóteles e as suas quatro modalidades do ente que respondem ao to on legetai pollachos, a questão orientadora sempre se manifestou através de uma quádrupla interrogação.…
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Mencionemos aquelas pressuposições, quer declaradas por Kant ou não, que fundamentam suas teorias e que examinaremos em seções separadas. Estas podem ser reduzidas às seguintes proposições: 1. Toda ética não formal (materiale Wertethik = ética material) deve necessariamente ser uma ética de bens e propósitos. 2. Toda ética não formal tem necessariamente validade apenas empírico-indutiva…
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Quarta Proposição: Os meios que a natureza emprega para promover o desenvolvimento de todas as suas predisposições são o antagonismo na sociedade, na medida em que esta última é, no final, a causa de sua ordem legal. Aqui eu entendo por ‘antagonismo’ a insociável sociabilidade dos seres humanos, ou seja, sua propensão a entrar na…
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O πρῶτον ψεῦδο (o erro primeiro) de Kant reside na ideia que ele se faz de ética, da qual aqui está a expressão mais clara (p. 62; R. 54): “Em uma filosofia na prática, não se trata de dar as razões disto que acontece, mas as leis disto que deveria acontecer, isso jamais aconteceu”. –…
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A ideia transcendental da liberdade está, na verdade, longe de formar todo o conteúdo do conceito psicológico deste nome, conceito que é, em grande parte, empírico; apenas constitui o conceito da absoluta espontaneidade da ação, como fundamento autêntico da imputabilidade dessa ação. É, no entanto, verdadeira pedra de escândalo para a filosofia, que encontra insuperáveis…
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Apetite (appetitio) é a autodeterminação da força de um sujeito mediante a representação de algo futuro como um efeito seu. O apetite sensível habitual chama-se inclinação. Apetecer, sem o emprego de força para a produção do objeto, é desejo. Este pode ser dirigido a objetos que o sujeito mesmo se sente incapaz de produzir, e…
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A divisão superior é, como foi observado anteriormente, a divisão entre atrabílis (hipocondria) e perturbação mental (mania). A denominação da primeira provém da analogia com a atenção que se presta ao cricri de um grilo (grilo-caseiro) no silêncio da noite, o qual perturba a tranquilidade de que a mente necessita para dormir 1. A (109)…
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(…) the proper sense of the famous “Copernican revolution,” sc. that ontic knowledge is rendered possible only by an ontological comprehension that precedes it and resides in the very structure of the knower.1 How Kant’s effort to thus lay the groundwork for ontology becomes a Critique of Pure Reason will appear, if one recalls that…
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« Il y a des gens instruits, pour qui l’histoire de la philosophie ancienne ou moderne tient lieu de philosophie : ce n’est pas pour eux que sont écrits ces Prolégomènes. Il leur faut attendre le moment où ceux qui s’efforcent de puiser aux sources de la raison, en auront fini avec leur tâche, et…