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EDMUND HUSSERL (1859-1938)

  • E. Husserl, Idées directrices pour une Phénoménologie, I. I. § 3, Trad. P. Ricœur (Gallimard, 1950), p. 19-24. Primeiramente, a palavra “essência” designava aquilo que, no íntimo mais profundo de um indivíduo, se apresenta como seu “Quid” (sein Was). Ora, esse Quid pode sempre ser “posto em ideia”. A intuição empírica (erfahrende) ou intuição do…

  • (Husserl, “Investigações Lógicas II” 41, I.i.7.11–22, A34–35) O ouvinte percebe [“nimmt wahr”, literalmente: “toma (como) verdadeiro”] que o falante expressa certas experiências psíquicas [ou interiores], e, nesse sentido, ele também percebe [“nimmt (…) wahr”] essas experiências; mas ele próprio não as vivencia, não possui uma percepção “interna”, mas sim uma percepção “externa” [“Wahrnehmung”]. Esta é…

  • (AGLP) A suspensão da atitude natural da consciência, suspensão que também é a abertura temática do campo de seus vividos puros, ou seja, da subjetividade transcendental, afeta uma consciência que existe desde o início em primeira pessoa. A vida natural da consciência é a de “alguém” que se apreende como “Eu” 1, realizando uma experiência…

  • (Montavont1999) A vida subjetiva, a vida intencional, a vida pura, a vida do eu, a vida na forma do tempo, a vida infinita, a vida universal, a concreção da vida, o presente da vida, a vida constituinte, o fluxo da vida, a gênese da vida, a vida da consciência, a vida desperta, a vida adormecida,…

  • (Ricoeur1996) O segundo problema, a questão do preenchimento (Erfüllung), está ligado ao primeiro e representa o teste crucial para uma filosofia que coloca a intencionalidade em seu centro. Se a intencionalidade supera a mera divisão entre sujeito e objeto, deve ser absolutamente demonstrado como meu ato intencional pode ser preenchido pela doação de um objeto,…

  • (Ricoeur1996) A “síntese passiva” é um conceito que Husserl introduz para explicar o fato de que a atividade de constituição pela consciência possui uma passividade que já é permeada por alguma forma de atividade. Nesse sentido, a síntese realizada por um Ego tem, ela mesma, uma gênese. Husserl fala, portanto, de “síntese passiva” e “gênese…

  • Edições da Revista “Filosofia” Lisboa, 1961 Apresentamos aqui um resumo geral, quase esquemático, dos traços fundamentais do pensamento filosófico de Husserl. O motivo que nos levou a esta elaboração foi o fato de termos verificado que, mesmo atualmente, é raro encontrar-se, nos compêndios de História da Filosofia, uma exposição que tenha suficientemente em conta os…

  • (AKRS) Era preciso, primeiramente, libertar-se abertamente da hipoteca ao «psicologismo» e é a essa tarefa que o primeiro tomo das Investigações Lógicas, Prolegômenos à Lógica Pura, será consagrado, apresentando o segundo tomo um estudo dos «vividos» actuantes na lógica e no conhecimento, ou ainda os modos de consciência ou atos correlativos às «objetividades ideais da…

  • A Filosofia de Edmund Husserl Dr. Júlio Fragata Edições da Revista “Filosofia” Lisboa, 1961 1. — Husserl adquiriu, actualmente, um lugar de particular relevo entre os filósofos contemporâneos. Sobretudo dois factores podem contribuir para que um autor se mantenha numa posição de destaque: O influxo originado pelo seu impulso e o interesse pelo conteúdo intrínseco…

  • Júlio Fragata S. I. Professor da Faculdade de Filosofia de Braga Problemas da Fenomenologia de Husserl Edições Livraria Cruz Braga 1962 I. — Durante os estudos secundários, efectuados em Olmutz, o talento de Husserl não despertou a atenção de ninguém. Era um aluno vulgar que gostava sobretudo da Matemática e das Ciências Naturais. Nestas predileções…

  • Júlio Fragata S. I. Professor da Faculdade de Filosofia de Braga Problemas da Fenomenologia de Husserl Edições Livraria Cruz Braga 1962 I. — O desenvolvimento científico, originado no Renascimento, trouxe consigo, dum modo candente, o problema da coordenação e fundamentação das ciências que preocupou os filósofos mais eminentes da Filosofia Moderna, como Descartes, Leibniz e…

  • Júlio Fragata S. I. Professor da Faculdade de Filosofia de Braga Problemas da Fenomenologia de Husserl Edições Livraria Cruz Braga 1962 1. — Um impulso de fundamentação radical foi sempre concebido por Husserl como empreendimento filosófico. E a Filosofia, no sentido estritamente husserliano, caracteriza-se por ser a «ciência dos princípios», por excelência. Husserl chegou mesmo…

  • Júlio Fragata S. I. Professor da Faculdade de Filosofia de Braga Problemas da Fenomenologia de Husserl Edições Livraria Cruz Braga 1962 1. — Ao tratar do problema de Deus em Husserl, é conveniente, logo de início, afastar um possível equívoco, proveniente da confusão de duas questões distintas. A primeira refere-se à atitude de Husserl, como…

  • Júlio Fragata S. I. Professor da Faculdade de Filosofia de Braga Problemas da Fenomenologia de Husserl Edições Livraria Cruz Braga 1962 1.— Posição do problema crítico — O problema crítico, relativo à objetividade do conhecimento humano, foi posto, com nitidez, a partir de Kant, mas surgiu através de uma evolução histórica, em que podemos distinguir…

  • (AGLP) De acordo com as Ideen I, o fenomenólogo atento às estruturas gerais da consciência pura não pode deixar de reconhecer que, além de seus atos, há nela um Eu (Ich) sem o qual esses atos seriam impossíveis, ao mesmo tempo em que esse Eu não é nada fora deles 1: «Eu puro e nada…

  • (Montavont1999) Gostaríamos de mostrar que uma filosofia dos atos da consciência não é incompatível com uma fenomenologia da passividade 1, e [10] talvez ainda mais, que uma reflexão sobre a passividade só pode começar em uma filosofia que remete todo objeto constituído a uma consciência constituinte, ou seja, ao ato de uma instância subjetiva. A…

  • (JEVH) A problemática da constituição do espaço é, após a do tempo, a segunda com a qual a estética transcendental deve lidar, pois corresponde aos níveis mais básicos em que a intencionalidade se desenvolve, mas onde, além de seus vividos que se sucedem no fluxo que lhe é puramente imanente, ela vê se delinearem, diante…

  • (JEVH) Einfühlung designa o fato de experimentar um sentimento (fühlen) que faz com que se penetre (ein) na própria compreensão daquilo a que ele se refere. Esse termo foi traduzido às vezes como [36] intropatia, outras vezes como empatia, sem que seja possível decidir verdadeiramente entre essas duas soluções, já que ambas têm o mérito…

  • (Depraz1992) Todas as proposições que atendem a essa exigência de não pressuposição devem permitir “uma justificação fenomenológica adequada, portanto, um preenchimento pela evidência no sentido mais rigoroso do termo” 1. Além disso, trata-se de nunca “apelar posteriormente a essas proposições senão com o sentido no qual foram estabelecidas intuitivamente” 2. Já em 1901, portanto, a…

  • Alexandre Fradique Morujão, Significado e Estrutura da Redução Fenomenológica. Biblos LVI Capítulo IV O PROBLEMA FENOMENOLÓGICO DO MUNDO § 20. Problematicidade e apodicidade do mundo Os capítulos anteriores tiveram por finalidade apresentar o processo do pensamento husserliano que culmina nas teses das Meditações Cartesianas. O objetivo inicial da meditação de Husserl fora, incontestavelmente, o de…

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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