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MICHEL HAAR (1937-2003)
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O que é o «salto»? Por que é preciso um salto? O salto é verdadeiramente um acto, uma atitude «voluntária» do pensamento? Nós arriscamo-nos aqui a ser logrados pelo preconceito da subjectividade, a saber: a ideia de que o pensamento deve (134) colocar o seu objecto e que deve apoderar-se dele por meio de categorias……
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O salto, porque volta ao mesmo lugar, porque só deixa o ponto de partida para melhor se reapropriar dele, é ao mesmo tempo rememoração (Andenken). «O salto só se mantém salto se rememorar» (als andenkender)1. O segundo acto que define a essência do pensamento é a memória (Gedächtnis), a rememoração da História do Ser, o…
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A inserção na língua é o terceiro acto do pensamento, não ao lado do «salto» e da Andenken, mas ao mesmo tempo. «É apenas enquanto o homem fala, que pensa e não o inverso» . O pensamento não é um desenvolvimento interior mudo de palavras. Ele é sempre palavra pensante, pensamento falante. Ele deve encontrar…
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Irrupção no ser, vigilância que rememora, dizer simples — estaremos a esquecer com esta tripla definição que o exercício do pensamento, para quem quer que tenha lido um pouco de Heidegger, manifesta-se antes de mais como um inlaçável questionamento? Da primeira frase de SZ: «A questão do ser caiu hoje em dia no esquecimento»… até…
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O homem esteve durante muito tempo certo da sua essência: ele era um ser vivo dotado do logos, o animal racional. Pelo preço de um estranho desdobramento, mas tornado «evidente» pela força da banalização, a sua pertença à natureza estava incluída na sua definição. A tradição filosófica esforçou-se por resolver o melhor possível os conflitos…