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JEAN GREISCH (1942)

  • Le « pour-quoi » (Worum) de la peur. La peur, pourrions-dire, comporte toujours un « enjeu ». Elle ne redoute pas seulement quelque chose, mais elle craint pour quelqu’un, le Dasein en son ipséité. « Ce pour-quoi la peur a peur, c’est l’étant même qui a peur : le Dasein. Seul un étant pour lequel…

  • As duas perguntas retóricas com as quais o parágrafo se abre lançam um desafio que toda análise subsequente buscará enfrentar: a angústia é um “afeto insigne” precisamente na medida em que nela (e somente nela), “o Dasein é transportado por seu próprio ser diante de si mesmo” (SZ 184). Assim, a angústia nos leva de…

  • Dizer que a compreensão é uma exploração incessante de “possibilidades” é o mesmo que atribuir uma estrutura projetiva a ela. “Projeto” (Entwurf) é, portanto, a noção complementar do “ser-jogado” que caracteriza o afeto: “O projeto é a constituição existencial do ser da margem de jogo do poder ser factual” (SZ 145). Compreender, então, é descobrir…

  • Avec l’analyse de l’énoncé, qui inclut nécessairement la dimension de la communication, nous sommes déjà entrés dans l’ordre du langage. Il reste à définir le statut existential de celui-ci (Cf. GA 20, 361-376). Deux termes figurent dans le titre du § 34 : Rede et Sprache. Comment faut-il les traduire ? Toute traduction présuppose une…

  • “Existir”, então, significa algo diferente de “ocorrer”. O simples “ter lugar” caracteriza os entes aos quais a pergunta “quem? não pode se aplicar. Entretanto, o verbo “existir” e o substantivo existentia tinham o significado de “ter lugar” na ontologia tradicional. Para explicar esse significado específico, Heidegger fala de Vorhandenheit (“ser-à-mão” = ter lugar). Pela mesma…

  • 3/ O “porquê” do medo. O medo, poderíamos dizer, sempre envolve um “desafio”. Ele não apenas teme algo, mas teme por alguém, o Dasein em sua ipseidade. “O por quê o medo tem medo é o próprio ente que tem medo: o Dasein. Somente um ente para o qual em seu ser está em jogo…

  • É de fato o problema diltheano da história que ocupa um lugar importante no trabalho de Heinrich Rickert, a quem Heidegger dedica o terceiro capítulo de seu curso (GA56/57, 169-176). Rickert estava, sem dúvida, certo em se interessar pelo problema do status adequado dos conceitos históricos em sua tentativa de desenvolver uma “introdução lógica às…

  • Para compreender o impulso geral dessa obra, devemos começar desfazendo um mal-entendido: o papel emblemático dado ao problema dos múltiplos significados do ser não significa, de forma alguma, que Heidegger tenha se precipitado imediatamente no estudo da metafísica aristotélica. Em vez disso, foi à sombra majestosa das Recherches logiques de Husserl, descobertas em 1909, quando…

  • A definição do possível, não como uma categoria lógica (a lógica das modalidades), mas como um modo de ser, nos apresenta um paradoxo. A última estrofe do poema Cello-Einsatz de Paul Celan, na coleção Atemwende, expressa isso à sua maneira: alles ist weniger als es ist, alles ist mehr. (Paul Celan, GW, II, 76) Essa…

  • (…) la notion de Schuld se répartit autour de trois foyers sémantiques qui éclairent les options différentes des traducteurs. La décision stratégique de Heidegger par rapport à ces lignes de force sémantiques consiste à concevoir « l’idée de l’être-en-dette à partir du mode d’être propre du Dasein ». Or, cela requiert une formalisation qui fait…

  • Esse parágrafo e o seguinte são particularmente dignos de nota, pois nos levam ao limiar de uma concepção propriamente fenomenológica da significação. É somente muito mais tarde — no §34 (art41) — que isso levará a uma teoria da linguagem propriamente dita. É o fenômeno da “referência” (Verweisung), já vislumbrado em várias ocasiões, que serve…

  • Heidegger quer fazer reconhecer a cura como uma “estrutura apriorico-existencial” (SZ 193) que precede toda distinção do teórico e do prático e toda psicologia das faculdades. A “teoria” da cura não deve sobretudo ser posta a reboque de uma teoria da vontade, das pulsões ou do desejo! Com efeito, todos estes campos psíquicos “estão enraizados…

  • A “decadência” aparece como uma modificação da inautenticidade (Uneigentlichkeit), já introduzida em §9 (art15). Em uma primeira aproximação, poderíamos dizer que, enquanto a inautenticidade expressa um “estado”, a decadência é um movimento, o movimento pelo qual o Dasein dá as costas a si mesmo, à sua própria ipseidade, para se abandonar ao mundo. É a…

  • Para descrever essa afecção, H claramente opta por um esquema triádico e, supondo que essa análise tenha um valor paradigmático, podemos nos perguntar se esse esquema triádico não deveria se aplicar também à análise de outras afecções. Para o medo, então, temos o seguinte esquema: Fürchten selbst (ter medo em si) — Wovor (diante-quê) —…

  • Le premier existential qui vient concrétiser la constitution du là est l’affection (Befindlichkeit, Vezin traduit: disposibilité). En allemand, l’expression sich befinden connote le “se trouver” au sens spatial (“je me trouve à Paris”), mais aussi au sens de l’indication d’une disposition intérieure: “se trouver” de bonne ou de mauvaise humeur, “se sentir” “bien” ou “mal”.…

  • O “ter medo” ele mesmo. Ele corresponde, de certo modo, ao polo “sujeito” da experiência intencional. Contrariamente a toda uma tradição racionalista, Heidegger evita falar em imaginação ou fantasia. De fato, essa terminologia leva quase necessariamente a uma depreciação ontológica do afeto em questão. O medo distorce a realidade, daí a necessidade de “manter a…

  • Deux auteurs dominent la nouvelle conception de la philosophie que Heidegger élabore pendant son temps de Privatdozent à Freiburg : Edmund Husserl et Wilhelm Dilthey. Nous examinerons ultérieurement de façon plus détaillée le rapport entre Heidegger et Husserl et les divergences croissantes entre ces deux génies antithétiques, précisément concernant leur conception différente de la phénoménologie.…

  • O “diante-quê” (Wovor) do medo. Corresponde ao polo “objeto” do medo. Um objeto, como um submarino nuclear, aparece para mim como “temível”. Como ele transmite uma ameaça em potencial, tem o caráter de nocividade (Abträglichkeit). A tradução de Vezin por nocividade parece preferível à tradução de Martineau: importunação. Uma mosca pode me incomodar ou irritar;…

  • Les autres disposent de moi, pour le meilleur ou pour le pire. Cette présence neutre, anonyme, insaisissable, sournoise, des innombrables autres autour de moi, c’est cela que Heidegger désigne comme “dictature du On” (SZ p. 126). (Greisch)

  • Gerede = fala indolente, fofoca, papo furado, bate-papo. Gerede é fala desarraigada da situação particular e da experiência de Dasein particular, transmitindo a interpretação geral, do impessoal. Geredete n.p.c. das Beredete. Les discours, une fois proférés, ne s’effacent pas, mais continuent à circuler. Les interprétations de l’existence qu’ils véhiculent continuent elles aussi à exercer leur…

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

Twenty Twenty-Five

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