Tag: (A) Gadamer

HANS-GEORG GADAMER (1900-2002)

  • Temos de voltar novamente a divagar. Pois, na verdade, não se trata somente do estreitamento do conceito do sentido comum passando a ser GOSTO, mas, da mesma forma, um estreitamento do próprio conceito do GOSTO. A longa pré-história que esse conceito tem, até Kant o transformou no fundamento de sua crítica do juízo, permite que…

  • Para o conteúdo da palavra “formação”, que nos é familiar, a primeira importante constatação é a de que o antigo conceito de uma “formação natural”, que se refere à aparência externa (a formação dos membros, uma figura bem formada), e sobretudo à configuração produzida pela natureza (p. ex., “formação de montanha”), foi naquela época quase…

  • O que Kant de sua parte, através de sua crítica do juízo estético, legitimou e queria legitimar era a universalidade subjetiva do gosto estético, na qual não se encontra mais nenhum conhecimento do objeto, e, no âmbito das “belas artes”, a superioridade do GÊNIO sobre toda estética da regra. É assim que a hermenêutica romântica…

  • Isso se mostra também no uso da linguagem. A redução de Kant, do conceito de gênio ao artista, que tratamos acima, não conseguiu se impor. Ao contrário, no século XIX o conceito de gênio elevou-se a um conceito de valor universal e experimentou — em união com o conceito da criatividade — uma verdadeira apoteose.…

  • Outra coisa é, porém, a questão da consistência interna da obra, do que se fez dentro de seus limites. Nesse sentido, quero que este volume, o segundo de minhas obras completas, entre como complemento. O seu conteúdo divide-se em três seções: Preliminares, que podem ser úteis à sua própria conceptibilidade prévia; Complementos, que se impuseram…

  • Tendo em vista essa situação, nada impede que se lembre a tradição humanista e se pergunte: Que forma de conhecimento das ciências do espírito se poderá delas aprender? É aqui que o escrito de Vico, De nostri temporis studiorum ratione, apresenta um valioso ponto de referência. A defesa do humanismo, que Vico assume, é, como…

  • O caso da tradução nos faz conscientes da linguisticidade como o médium do acordo, através do fato de que este meio tem de ser produzido artificialmente através de uma mediação expressa. Este agenciamento artificial não é, evidentemente, o caso normal das conversações. Tampouco a tradução é o caso normal de nosso comportamento com respeito a…

  • A conhecida polêmica de Hegel contra “a coisa em si” kantiana pode tornar isto mais claro. A delimitação crítica da razão, por Kant, tinha restringido a aplicação das categorias aos objetos da experiência possível, declarando incognoscível, por princípio, a coisa em si, que subjaz aos fenômenos. A argumentação DIALÉTICA de Hegel argúi contra isso que…

  • Therefore in this connection it seems to me a mere misunderstanding to invoke the famous Kantian distinction between quaestio juris and quaestio facti. Kant certainly did not intend to prescribe what modern science must do in order to stand honorably before the judgment seat of reason. He asked a philosophical question: what are the conditions…

  • The intention of the present conceptual analysis, however, has to do not with theory of art but with ontology. Its first task, the criticism of traditional aesthetics, is only a stage on the way to acquiring a horizon that embraces both art and history. In our analysis of the concept of a picture we are…

  • For this we need to make a more exact analysis—one that accords the old priority to what is living, the zoon, and especially to the person. The essence of a copy is to have no other task but to resemble the original. The measure of its success is that one recognizes the original in the…

  • Para o conteúdo da palavra “formação”, que nos é familiar, a primeira importante constatação é a de que o antigo conceito de uma “formação natural”, que se refere à aparência externa (a formação dos membros, uma figura bem formada), e sobretudo à configuração produzida pela natureza (p. ex., “formação de montanha”), foi naquela época quase…

  • Often temporal distance can solve question of critique in hermeneutics, namely how to distinguish the true prejudices, by which we understand, from the false ones, by which we misunderstand. Hence the hermeneutically trained mind will also include historical consciousness. It will make conscious the prejudices governing our own understanding, so that the text, as another’s…

  • Pela expressão ‘fenomenológico-hermenêutico’, designo a posição filosófica e o método de Heidegger, tendo em vista que por ‘fenomenológico’ podemos entender o modo de acesso ao e o modo de determinação do ser dos entes. De um modo geral, isto é entendido pelo processo de formalização, quer dizer, “o passo reflexivo que conduz à problemática ontológica…

  • Se para simplificar dividirmos em dois campos as tendências que se ocupam com o problema da linguagem, teremos, de um lado, a concepção tecnocientífica da linguagem (por exemplo, Carnap) e, de outro, a experiência especulativo-hermenêutica da linguagem (por exemplo, Heidegger). Os primeiros procuram colocar todo o pensamento e linguagem, mesmo os da Filosofia, sob a…

  • Na filosofia clássica “operação intelectual que se efetua por uma sequência de operações elementares e sucessivas”. Um conhecimento discursivo se opõe a um conhecimento intuitivo ou imediato. Pode-se logo assimilar discursivo a racional e discurso a razão. Discurso é a tradução corrente admitida para o termo logos. A lógica é a ciência reflexiva do discurso.…

  • Não podemos nos aprofundar muito nessa análise formal, mas, para compreendermos melhor a inovação heideggeriana, na interpretação dos textos filosóficos, podemos afirmar que o fundamental neles é o deslocamento da leitura para um novo paradigma. Essa proposta de Heidegger não era apenas uma superficial sugestão de um jeito próprio de ler, mas tinha consequências definitivas…

  • Dessa ponderação há algo a fixar: O sentido do conhecimento da mimesis é reconhecimento. Mas o que vem a ser reconhecimento? Apenas uma análise mais exata do fenômeno é o que nos tornará bem evidente o SENTIDO DO SER da representação, que é o que nos importa. É conhecido o fato de que já Aristóteles…

  • Derrida assevera que o Heidegger tardio não rompeu realmente com o logocentrismo da metafísica. Ao perguntar pela essência da verdade ou pelo SENTIDO DO SER, Heidegger segue falando, segundo Derrida, a linguagem da metafísica, que considera o sentido como algo que está à mão e que é preciso encontrar. Nessa questão, Nietzsche teria sido mais…

  • (…) Quando Heidegger deixa de pensar o conceito metafísico de essência como presença do presente e lê a palavra Wesen (essência) como verbo, como palavra temporal, “temporalmente”, passa a compreender o Wesen (essência) como Anwesen (estar presente, vigência), num sentido que parece corresponder à expressão comum Verwesen (”reger”, vigir, administrar). Mas isso significa que Heidegger,…

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

Twenty Twenty-Five

Designed with WordPress