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GA6.1 = NIETZSCHE I e GA6.2 = NIETZSCHE II

  • Tudo aquilo que perdura por si mesmo e que, portanto, se encontra presente é hypokeimenon. Subiectum são as estrelas e as plantas, um animal, os homens e os deuses. Quando se requisita no começo da metafísica moderna um fundamentum absolutum et inconcussum que seja suficiente enquanto verdadeiramente ente para a essência da verdade no sentido…

  • Já como concepção levada a termo pelo homem, toda concepção do ente e, sobretudo, do ente na totalidade está ligada ao homem. A ligação provém do homem. Toda interpretação de tal concepção é uma discriminação do modo como o homem finca pé no interior da concepção do ente e se coloca em relação a ela.…

  • De acordo com a etimologia mencionada, “biologia” significa “doutrina da vida” – ou melhor: doutrina do vivente. O nome designa agora o seguinte: a investigação científica dos fenômenos, dos processos e das leis próprios ao vivente, que são determinados por meio dos domínios da vida vegetal, animal e humana. Botânica e zoologia, anatomia, fisiologia e…

  • 9. Precisamos pensar agora uma vez mais conjuntamente todas essas caracterizações do mundo que apenas listamos: força, finitude, devir constante, caráter inumerável dos fenômenos, limitação do espaço, infinitude do tempo; e isso em vista da determinação central com a qual Nietzsche define o “caráter conjunto do mundo”. Com essa determinação conquistamos o solo para a…

  • (…) Nietzsche alcançou uma clareza cada vez mais intensa quanto ao fato de o homem sempre pensar a partir de um “canto do mundo”, a partir de um ângulo espaço-temporal: “Não podemos ver para além de nosso canto” (n. 374; 1887). O homem é concebido e denominado aqui “aquele que se encontra preso em um…

  • A “ontologia” está fundada na distinção entre ser e ente. A “distinção” é denominada de maneira mais apropriada por meio do termo “diferença”, no qual se indica que ser e ente são transportados um para fora do outro [Δια-φορά], que eles estão cindidos e, contudo, ligados um ao outro; e isso, em verdade, por si…

  • (…) De acordo com Ser e tempo, “sentido” designa o âmbito projetivo, e, em verdade, com uma intenção própria, em sintonia com a questão única acerca do “sentido do ser”, a clareira do ser que se abre e se funda no projetar. Esse projetar, contudo, é aquele que no projeto jogado acontece apropriativamente como aquilo…

  • A expressão “vontade de poder” denomina o caráter fundamental do ente; todo ente que é, na medida em que é, é: vontade de poder. Com isso enuncia-se o caráter do ente como ente. A partir daí, porém, não se responde absolutamente à primeira pergunta da filosofia, à sua pergunta propriamente dita. Ao contrário, só se…

  • A palavra alemã “Gegenstand” (objeto) significa, desde o século XV: resistência. Para Lutero, objeto significa: o “estado” (Stand) contraposto: o estado dos judeus e o estado dos cristãos: “assumir o estado contrário (ob-jeto)”. Desde o século XVIII, a palavra é considerada uma tradução de obiectum, e se levanta uma contenda quanto a saber se seria…

  • (…) a ausência de sentido na qual a estrutura metafísica da modernidade chega à sua consumação só é cognoscível enquanto o preenchimento essencial dessa época, se ela é vista juntamente com essa mudança do homem para o subiectum e com a determinação do ente como o caráter representado e produzido do elemento objetivo. Nesse caso,…

  • Por isso, a fim de caracterizar a essência da metafísica, podemos utilizar o título: ser e pensar; de maneira ainda mais clara: entidade e pensamento. Nessa concepção expressa-se o fato de o ser ser concebido a partir do fio condutor do pensamento do ente e com vistas a esse ente enquanto o seu “elemento mais…

  • Em que consiste essa essência da entidade, ou seja, ao mesmo tempo da visibilidade da ideia? A resposta é dada por essa ideia mesma, quando Platão a denomina agathon. Nós dizemos o «bem» e pensamos em termos morais cristãos no «bom» no sentido de: honesto, ordeiro, conforme às regras e às leis. Em termos gregos…

  • Vemos que, na história da proveniência do pensamento do valor, a transformação da idea em perceptio é decisiva. E somente por meio da metafísica da subjetividade que o traço essencial de início ainda encoberto e retido da idea – ser o elemento possibilitador e condicionante – é liberado e colocado, então, em jogo de uma…

  • O fato-de-ser (Was-sein) e o o-que-é (Dass-sein) desvelam-se como modos do presentar-se, cujo traço fundamental é idea e energeia. (GA6T2MAC p. 407) Was-sein und Daß-sein im Wesensbeginn der Metaphysik: ἰδέα und ἐνέργεια

  • Quando Nietzsche diz fisiologia, ele tem em vista, com efeito, de maneira acentuada, o estado corporal. Todavia, estado corporal já é sempre em si algo psíquico; portanto, também coisa da “psicologia”. O estado corporal de um animal e mesmo do homem é algo essencialmente diverso da constituição de um “corpo físico”, por exemplo, de uma…

  • Dizemos platonismo e não Platão porque não pretendemos dar sustentação à concepção de conhecimento aqui em questão a partir de uma análise originária e minuciosa da obra de Platão, mas apenas realçamos de maneira rudimentar um traço determinado por ela. Conhecimento é adequação ao que há para conhecer. O que há para conhecer? O ente…

  • Nietzsche não fala do ente na totalidade. Usamos essa expressão a fim de denominar inicialmente tudo o que não é pura e simplesmente nada; a natureza, o inanimado e o vivente, a história, suas produções, seus configuradores e promotores, Deus, os deuses e os semideuses. Também denominamos ente o que vem a ser, o que…

  • A sentença de Protágoras diz inequivocamente que “todo” ente está ligado ao homem como ἐγώ (eu), e que o homem é a medida para o ser do ente. Mas de que tipo é essa ligação do ente com o “eu”, pressupondo que pensemos de maneira grega em nossa pós-compreensão dessa sentença e que não venhamos…

  • (…) Somente se o todo do ente “atua” através do homem, somente se este é inserido na “unidade” e “pode submergir nela como em um elemento de valor supremo”, o próprio homem pode ter um “valor” para si mesmo. Portanto, conclui Nietzsche, o homem precisa levar em consideração uma tal totalidade e unidade do ente,…

  • Tudo o que é factível ratifica tudo aquilo que é feito, tudo aquilo que é feito clama por factibilidade, todo agir e pensar se transpuseram para o interior da atividade de fazer o que pode ser feito. Por toda parte e sempre, envolvendo a si mesma com a aparência da ordenação que dirige as coisas…

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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