Tag: GA27

  • A intelecção epocal de Galileu foi reconhecer que, caso eu queira, por meio do experimento, interrogar a natureza quanto ao que ela é e como ela é, já preciso ter antes de tudo um conceito do que compreendo por “natureza”: que uma delimitação do que é compreendido por natureza precisa anteceder toda investigação dos fatos,…

  • Se frisamos: um ser junto a… já se encontra à base da enunciação, então se impõe a pergunta acerca de como se deve esclarecer esse ser junto a… no que diz respeito à sua possibilidade interna. Ser junto a…, permanecer junto a… caracterizam inicialmente um modo, em conformidade com o qual nós, os homens, somos.…

  • (…) Certamente, uma interpretação mais exata da existência é capaz de mostrar que o homem (Mensch) “de mais a mais também vive”, mas que o que constitui o modo de ser (Seinsart) do animal e da planta como vida (Leben) recebe no interior da existência do homem, porquanto ele possui um corpo (Leib), um sentido…

  • (…) Se dirigimos a ATENÇÃO de nosso olhar para as coisas, ou seja, se em meio ao enunciado sobre o giz dirigimos a ATENÇÃO de nosso olhar para a coisa mesma, então podemos apreender nessa coisa a determinada propriedade de ela ser branca; nessa ATENÇÃO do olhar (Aufmerken) para a coisa experimentamos ao mesmo tempo…

  • Um contexto CONJUNTURAL (Bewandtniszusammenhang) não consiste no fato de uma coisa determinar-se incessantemente por meio de outra, mas no fato de tudo sempre estar respectivamente relacionado ao todo, mostrando uma referência a ele e devendo o seu si “mesmo” a essa referencialidade. Todo indivíduo acolheu em si o todo. E é só dessa forma que…

  • O ente que possui nosso modo de ser (Seinsart), mas que nós mesmos não somos, o ente que é a cada vez o outro (Andere), o outro ser-aí, o ser-aí dos outros (Dasein Anderer), não está simplesmente ao nosso lado como um ente por si subsistente (vorhanden) e, entrementes, talvez ainda ao lado de outras…

  • Miteinandersein Partimos do seguinte fato: o SER-UM-COM-O-OUTRO se expressa no comportamento de muitos em relação ao mesmo. Mesmidade para muitos é compartilhamento, é ter algo em comum, é partilhar entre si o desvelamento. SER-UM-COM-O-OUTRO junto ao ente é compartilhar do desvelamento (verdade) do ente em questão. (…) O desvelamento do ente por si subsistente ocupa…

  • É fácil depreender que as coisas se dão assim devido ao modo como caracterizamos o rigor (Strenge): a saber, o modo como pode ser conquistado e determinado o conhecimento (Erkenntnis) adequado ao objeto. Rigor é consequentemente um determinado caráter da apropriação referente à adequação do objeto do conhecimento. Essa adequação (Angemessenheit) do conhecimento está apreendida…

  • Com que direito decretamos simplesmente que o mito é uma superstição (Aberglaube)? Mas, se não há razão alguma para que façamos isso, (177) haveria razão para afirmar a subsistência de verdades diversas em relação ao ente? E como essas verdades se comportam e se relacionam umas com as outras? Se aceitarmos ou compreendermos fundamentalmente que…

  • Falarmos sobre um “jogo da vida” (Spiel des Lebens) não é apenas um modo de falar. Por outro lado, precisamos evitar a tendência de, simplesmente inserir uma interpretação numa mera palavra. O que importa é, antes de mais nada, esclarecer o seu ser e apreender os próprios fenômenos objetivos com os quais nos deparamos, mantendo-os…