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Einleitung in die Philosophie (WS 1928-1929) [1996]
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theoretikos, theoros, theoria remetem etimologicamente a thea e a wor (orao). Em primeiro lugar, theoros quer dizer o espectador junto a algo que oferece uma visão ou um aspecto, por exemplo, o turista que vai a uma cidade para assistir aos jogos olímpicos; theorein é olhar, contemplar, imergir na contemplação, deter-se na visão sobrepujante; por…
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Ora, já ouvimos o seguinte: no conceito tradicional de sujeito, o ser junto a… (Sein bei) é deixado de lado. Como ainda veremos, ele não chega a ser tomado nem mesmo como um momento essencial da subjetividade (Subjektivität) quando o sujeito (Subjekt) é considerado como consciência intencional (intentionales Bewußtsein). A intencionalidade (Intentionalität) não conquista sua…
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Einleitung in die Philosophie (Wintersemester 1928/1929), eds Otto Saame and Ina Saame-Speidel, 1. Auflage 1996. 2., durchgesehene Auflage 2001. / Introdução à Filosofia. Tr. Marco Antonio Casanova. São Paulo : Martins Fontes, 2008 (GA27PT) / Introducción a la filosofía. Tr. Manuel Jiménez Redondo. Madrid : Cátedra, 2001 (GA27ES) EINFÜHRUNG Die Aufgabe einer Einleitung in die…
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Ao dizermos agora que o termo “mundo” designa o jogo que a transcendência joga, precisamos tomar a palavra “jogo” nesse sentido originário e amplo; por fim, é preciso que tomemos essa palavra em um sentido metafísico. O ser-no-mundo é esse jogar originário do jogo. Todo ser-aí fático precisa se colocar em jogo em vista desse…
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Em tudo o que há de essencial, contudo – e essa é uma característica sua não há nenhum progresso e, por conseguinte, também nenhuma desvalorização. De acordo com a sua essência, o real filosofar nunca pode ser ultrapassado. Ao contrário, ele mesmo sempre precisa ser novamente repetido. Onde quer e quando quer que o real…
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(…) Adquirir conhecimentos, mesmo conhecimentos eruditos e abrangentes quanto ao que e como os filósofos pensaram, até pode ser útil. No entanto, sua utilidade não se reverte para o filosofar. Ao contrário: a posse de conhecimentos sobre filosofia é a principal causa da ilusão de que com isso estaríamos alcançando o filosofar. De que outra…
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Miteinandersein Verdade (desvelamento) pertence consequentemente ao ser-aí mesmo, ao que esse ente é e como ele é, existe. Como é que a verdade (desvelamento) pertence então ao ser-aí que nós mesmos somos? Se buscamos responder agora a essa pergunta, então temos de nos lembrar que antes disso atribuímos a verdade qua desvelamento ao ente por…
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Uma vez que a ciência se tornou agora questionável para si mesma em sua própria significação, não subsistindo mais um ideal de formação e um estabelecimento originário de metas, ela cai como que no vazio. Certamente tememos admitir sem reservas e para nós mesmos essa conjuntura. Em todas as situações essenciais que podem se tornar…
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Miteinandersein Que tipo estranho de resultado é esse? Na análise do SER-UM-COM-O-OUTRO, nós o caracterizamos provisoriamente como um ser junto ao mesmo, junto a algo comum, que interpretamos mais exatamente como um compartilhamento de algo. Esse compartilhamento de algo veio à tona para nós inicialmente sob a forma de um entregar-se mutuamente algo no uso.…
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Philosophie und Wissenschaft Partimos da pergunta acerca da essência da filosofia e buscamos caracterizar a filosofia segundo três pontos de vista: segundo a sua relação com a ciência, segundo a sua relação com a visão de mundo e segundo a sua relação com a história. Tomamos o primeiro caminho – o caminho da relação entre…
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Tomemos como um exemplo simples dois blocos de pedra que se encontram na encosta de uma montanha. Podemos dizer: eles são juntos, mas não subsistem por si um com o outro. Em contrapartida, dois viandantes que sobem a encosta são um com o outro. É fácil de perceber a diferença: as duas pedras são corpos…
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Miteinandersein Realidade simultânea, isto é, ser-real simultaneamente a outros entes, não significa necessariamente SER-UM-COM-O-OUTRO. O giz e o apagador ou mesmo o homem e o giz podem ser ao mesmo tempo reais. No entanto, não podemos dizer desses dois pares que eles são um com o outro. Só o homem e o homem podem ser…
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O que significa MUNDO? O que já se entendia antes pelo termo kosmos, mundus? A consideração historiográfica realizada em Da essência do fundamento (GA9) teve em geral por resultado o seguinte: os termos kosmos, mundus, MUNDO têm uma dupla significação: uma significação vulgar, o ente qua natureza; e uma filosófica, que sem dúvida alguma não…
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Se frisamos: um ser junto a… já se encontra à base da enunciação, então se impõe a pergunta acerca de como se deve esclarecer esse ser junto a… no que diz respeito à sua possibilidade interna. Ser junto a…, permanecer junto a… caracterizam inicialmente um modo, em conformidade com o qual nós, os homens, somos.…
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(…) Certamente, uma interpretação mais exata da existência é capaz de mostrar que o homem (Mensch) “de mais a mais também vive”, mas que o que constitui o modo de ser (Seinsart) do animal e da planta como vida (Leben) recebe no interior da existência do homem, porquanto ele possui um corpo (Leib), um sentido…
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(…) Se dirigimos a ATENÇÃO de nosso olhar para as coisas, ou seja, se em meio ao enunciado sobre o giz dirigimos a ATENÇÃO de nosso olhar para a coisa mesma, então podemos apreender nessa coisa a determinada propriedade de ela ser branca; nessa ATENÇÃO do olhar (Aufmerken) para a coisa experimentamos ao mesmo tempo…
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Um contexto CONJUNTURAL (Bewandtniszusammenhang) não consiste no fato de uma coisa determinar-se incessantemente por meio de outra, mas no fato de tudo sempre estar respectivamente relacionado ao todo, mostrando uma referência a ele e devendo o seu si “mesmo” a essa referencialidade. Todo indivíduo acolheu em si o todo. E é só dessa forma que…
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O ente que possui nosso modo de ser (Seinsart), mas que nós mesmos não somos, o ente que é a cada vez o outro (Andere), o outro ser-aí, o ser-aí dos outros (Dasein Anderer), não está simplesmente ao nosso lado como um ente por si subsistente (vorhanden) e, entrementes, talvez ainda ao lado de outras…
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Miteinandersein Partimos do seguinte fato: o SER-UM-COM-O-OUTRO se expressa no comportamento de muitos em relação ao mesmo. Mesmidade para muitos é compartilhamento, é ter algo em comum, é partilhar entre si o desvelamento. SER-UM-COM-O-OUTRO junto ao ente é compartilhar do desvelamento (verdade) do ente em questão. (…) O desvelamento do ente por si subsistente ocupa…
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É fácil depreender que as coisas se dão assim devido ao modo como caracterizamos o rigor (Strenge): a saber, o modo como pode ser conquistado e determinado o conhecimento (Erkenntnis) adequado ao objeto. Rigor é consequentemente um determinado caráter da apropriação referente à adequação do objeto do conhecimento. Essa adequação (Angemessenheit) do conhecimento está apreendida…