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O real, a coisa, toda e qualquer, o que é, como é? É algo em si? É subjetivo? É objetivo? Ou intersubjetivo? Ou algo dialeticamente subjetivo-objetivo e objetivo-subjetivo? Este modo de perguntar (subjetivo e (+) ou versus objetivo) é bom, isto é, vai ao encontro da questão? Que tipo de pré-conceito ou de pré-compreensão já…
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Inicialmente, a palavra disciplina evoca ordem — um ordenamento ou uma ordenação que pode ser imposta ou que, “livremente”, pode ser admitida, consentida, cumprida e seguida à risca para colocar em funcionamento algum procedimento, alguma organização. Está ligada, assim, à determinação e ao seguimento de regras que, claro, visam ordenar ou regular alguma atividade, algum…
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Comecemos com a expressão “ser” — ser das coisas. No caso, parece, pode-se dizer também: a “essência” das coisas. Mas e daí: o que é essência? Diz-se: a essência de uma coisa aponta ou diz, portanto, mostra, isto que a coisa realmente é, isto é, isto que ela no seu “imo”, na sua “interioridade” maior,…
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Dissemos: o eu não é o sujeito da ação, mas sim resultado dela, a saber, do verbo ou do interesse, do qual ele se torna protagonista. Também dissemos que objetividade é a própria subjetividade projetada sobre as coisas ou a elas proposta, de modo que toda e qualquer coisa vira objeto. Com isso, a questão…
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A grande suposição é a dinâmica de realização de realidade, de toda realidade possível, como a estrutura bipolar “res cogitans versus res extensa”, isto é, sujeito versus objeto. Cabe dizer também: sujeito e, isto é, mais objeto. As substâncias são autônomas — ou seja, cada qual é, de fato, substância. Uma, a cogitans, é ativa;…
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Suponhamos agora que o “ato”, a “coisa” que, sim, foi feita, porém “mal” feita ou absolutamente tal como “não” deveria ter sido feita, suponhamos que tal “coisa” ou “feito” seja a própria vida, a própria existência. Assim sendo, a vida é nela mesma, em sua constituição ou textura mais própria culpada. No movimento de volta,…
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Nossas considerações a respeito do problema do conhecimento nos conduziram a uma encruzilhada: de um lado, o conhecimento movido pelo interesse da representação certa e segura, isto é, a vontade de cálculo, em que “cálculo” significa por antecipação precisar e poder contar com, ou seja, assegurar-se ou auto-assegurar-se previamente. É essa a marca, mesmo o…
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(…) “Cálculo” significa, portanto: por antecipação estar certo e seguro de, que e com; por antecipação contar com — assegurar-se, auto-assegurar-se previamente. Verdade e conhecimento, vistos desde a representação conceitual ou lógico-categorial, articulam-se, compõem-se, conjugam-se e explicitam-se na teorização, na teoria, de cujo corpo o conceito é o índice primeiro, elementar. Mas “teoria agora significa:…
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… um eu, uma alma, uma consciência, etc., etc., enfim, um ou algum homem constituído (um sujeito ou uma subjetividade determinada) é isso que assim aparece, porque antes é, dá-se ou faz-se a estrutura ser-no-mundo, que Heidegger denomina “a abertura Dasein” ou presença. Esta é o que sempre já se deu; esta é o raio…
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2. Dissemos que entre homem e realidade há uma relação. Uma relação de implicação, antes, de co-implicação de modo tal que, ao pé da letra, isso é uma com-plicação. Dissemos que o homem é o lugar e a hora de todo e qualquer real possível. Com isso, isto é, dizendo ser ele lugar e hora…