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EUGEN FINK (1905-1975)
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No entanto, enquanto o jogo humano é reconhecido como um fenómeno, o jogo cósmico nunca é encontrado e corroborado como uma ocorrência objetivamente presente e intersubjectivamente identificável. O jogo do mundo não é um fenómeno. Não se pode apontá-lo ou torná-lo objeto de um método científico de investigação. É inicialmente um pensamento e nada mais.…
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(…) Todas as coisas em geral, no sentido mais lato, estão no mundo na medida em que pertencem a uma articulação global da vida do mundo também para o homem. Também ele faz parte da vida do mundo que produz e destaca as coisas individuais. Este é o mundo real, o lugar e a duração…
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La guerre vaut comme modèle du monde ontologiquement éclairant, l’être comme rage (Rasen) de la «volonté de puissance» cosmique, comme «l’incroyable puissance du négatif», l’insistance dans les contraires, et comme force de destruction qui se conserve dans la soumission des opposés. La guerre humaine que l’on caractérise, justement à cause de sa dureté, comme l’«inhumain»…
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Par le terme «compréhension de l’être» nous visons un concept qui englobe des concepts clairs et des concepts imprécis, mais aussi des représentations générales, des images de pensée et des modèles ontologiques, dans lesquels, à l’occasion de l’accomplissement de nos expériences, nous présupposons d’ores et déjà les structures des choses, la construction des objets de…
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(…) Nietzsche invoca na metáfora do jogo a natureza original e verdadeira da liberdade como criação de novos valores e de mundos de valores. O jogo é a natureza da liberdade positiva. Com a morte de Deus, torna-se manifesto o carácter lúdico e arriscado inerente à existência humana. O espírito criador do homem reside no…
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Il peut paraître étrange que l’on prenne le jeu pour thème d’un traité de philosophie. Selon l’idée que l’on se fait couramment de celle-ci, on ne peut guère rapprocher la rigueur et le sérieux de lai pensée abstraite de la tranquille gaieté du jeu qui se plaît à des représentations imagées. Jeu et pensée semblent…
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O ente humano não está presente à mão (Vorhandenheit) de maneira simples e clara, apenas imediatamente: ele se comporta contínua e incessantemente para o seu próprio Ser (sein) e para o Ser de todas as coisas; o ente humano existe na compreensão de Ser. Ele é/está, enquanto anda com o seu Ser, preocupado consigo mesmo,…
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(…) o jogo humano é um modo particularmente notável pelo qual a existência se relaciona ao todo disto que é, e pelo qual se deixa atravessar e animar pelo todo. No jogo humano, o todo do mundo reflete-se nele mesmo; faz cintilar traços de infinito sobre e num intramundano, num finito. O jogo é um…
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É verdade que o homem é “real” também como animal, como ser vivo, mas é através da autorrealização das suas atividades que ele adquire a sua realidade humana particular. Nous posons donc la question de savoir comment et en quel sens le jeu humain est déterminé par une « irréalité » qui lui est propre.…
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(…) Podemos “pensar”, “imaginar” um ente e às vezes é difícil distinguir o que existe apenas na nossa alma daquilo que não só é pensado por nós mas também existe na realidade, e é por isso que podemos questionar para saber se algo é real ou irreal. O imaginado é nulo; não se pode dar…
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(…) A realidade das qualidades só é possível tendo como pano de fundo a realidade de um suporte substancial de qualidades. Por seu lado, a realidade não é uma qualidade que estaria investida numa coisa ou que poderia também faltar-lhe. Se a realidade está ausente, então toda a coisa com as suas qualidades desaparece.(…) (…)…
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O curso, o cursar do mundo não é uma corrida no modo de um movimento de algo que conhecemos de antemão. E, no entanto, o pensamento primitivo chamava a este curso do mundo, o aion, “uma criança a jogar, o reino da criança”. O processo de individuação é pensado em termos de jogo. O jogo…
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Superficial e aproximadamente, todos nós sabemos que tudo é mantido, é incluso numa relação de coisas e que todas as relações de coisas são mantidas, estão inclusas numa relação global universal. Tudo a que chamamos entes: o solo, a luz do céu, o campo e o mar, as montanhas e as planícies, as cidades, os…
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La base de pensée de la tradition européenne n’est pas, loin s’en faut, mise en question et encore moins ébranlée, lorsque l’on cherche à «compléter» l’explicitation de l’être orientée d’après la lumière et le langage par des modes «irrationnels» de la compréhension et par une utilisation de modèles issus, non de la vita contemplativa, mais…
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A ideia de filosofia transcendental em Kant e na fenomenologia O desenvolvimento da fenomenologia de Edmund Husserl Edmund Husserl (1859-1938) A existência se mostrando de Edumnd Husserl A auto-apreensão de Husserl A filosofia como superação da “ingenuidade” A respeito do problema da experiência ontológica A análise intencional e o problema do pensamento especulativo Mundo e…
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(…) Quando Platão também chama theion, o “divino”, a ideia das ideias, a ideia do bem, não quer dizer com isso a ideia suprema do conceito de deus das crenças gregas populares, mas, pelo contrário, quer apresentar o conhecimento filosófico de agathon como a verdade íntima do mito. Esta tendência dos grandes pensadores para chamar…
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Mas o homem é um ente no mundo; é mundano na medida em que é como todas as coisas do universo, e é mundano na medida em que está aberto ao mundo. Mas não é mundano da mesma forma que o próprio mundo, que é uno e único. E, no entanto, certas características do governo…
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O mundo é sem razão — mas num sentido muito particular. A não-causalidade do mundo contém a (235) causalidade geral de todos os processos e acontecimentos intramundanos. No mundo, muitas aspirações comportam fins imanentes; na esfera das plantas e dos animais, encontramos múltiplas buscas de estados visados, e na vida humana conhecemos uma multiplicidade de…
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O que talvez seja mais difícil de compreender é que esta relação entre o homem e o mundo, tal como se manifesta no jogo humano, não é uma relação entre duas coisas separadas, mas que precede como relação a diferença do que é reunido nesta relação. O homem não é primeiro e só depois, ocasionalmente,…
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O que dissemos sobre a esfera do sagrado aplica-se de outra forma ao jogo. Este é constituído por um “invólucro que o distingue”. Está separado das outras actividades humanas e não se combina com elas num objetivo comum. “Interrompe” a continuidade das ações úteis, tem os seus próprios fins, e fá-lo de tal modo que…