Tag: ego

  • 2. Não é possível pensar o pensamento dos primeiros pensadores gregos só com os recursos da ciência e da filosofia. Toda historiografia já é sempre uma filosofia da história, quer o saiba ou não. Uma investigação de pensamento, que não pretender negar-se a si mesma como pensamento, tem necessariamente de ser uma restauração da mesma…

  • Enquanto nome e substantivo, a expressão vida possui igualmente um significado rico e autônomo, que queremos delinear em três perspectivas: 1) A vida significando unidade da sequência e temporalização dos dois modos de “viver” anteriormente mencionados, essa unidade em sua extensão total ou delimitada, em sua multiplicidade total ou parcial de execução e em sua…

  • §4 Se o homem sempre fosse virgem não daria fruto algum… O desapego foi descrito como uma atitude passiva: o intelecto receptivo e a virgindade, figuras de pensamento um filosófico, outro bíblico, dizem um e o outro a ausência de determinação. Presentemente Eckhart expõe a vertente ativa do desapego. Segundo a primeira figura, tomada de…

  • O nascimento do Filho a partir do coração do crente é um tema da instrução cristã primitiva que, a partir do século II d.C., aparece nos escritos dos Padres gregos. No último capítulo da “Carta a Diognetes”, lemos que a Palavra nasce incessantemente no coração dos santos: É para isso que ele foi enviado: para…

  • Do Desapego é uma tentativa de Eckhart de retratar o “desprendimento” (Abgeschiedenheit) como a mais alta de todas as virtudes. O desapego é o pináculo e a coroa das virtudes; se a alma possui desapego, possuirá também todas as virtudes menores. O “desapego” não é uma das virtudes morais usuais de que os filósofos tradicionalmente…

  • 46. «Nas páginas seguintes, ocupar-nos-á a questão de averiguar o papel que a alma tem desempenhado nas ideias acerca da existência após a morte. Procuraremos mostrar que, da variedade dos relatos colhidos pelos etnólogos, se destacam dois círculos de representações, cada um dos quais reflecte um conceito fundamental, inteiramente diverso do outro. Em primeiro lugar,…

  • Pero la situación paradójica de la filosofía fenomenología de Husserl se deja simbolizar por medio de la alegoría de la caverna platónica, no porque ella misma sea un platonismo modernizado de alguna manera, sino porque Platón, desde el poder de la intuición mítica, dio con el gran símbolo visionario de todo filosofar. Por cierto, esta…

  • O tema da temporalidade é uma das intuições mais originais de Heidegger1. Já sabemos que Ser e Tempo explicita a temporalidade a partir da estrutura do cuidado. Releiamos essa noção: cuidado, como ser do ser-aí, significa: “estar-já-em… (no mundo) adiante-de-si-mesmo como ser-junto-de… (junto do ente encontrado no interior do mundo)”. Nesse enunciado mostra-se a temporalidade…

  • (…) Num caso — Heidegger — Husserl alcança a intuição categorial do ser nas Investigações, especialmente na sexta, e rompe assim com a dissimulação neo-kantiana da metafísica finita para se abrir a uma dação do ser: “Para poder sequer desdobrar a questão do sentido do ser, o ser tinha de ser dado, para se poder…

  • Para continuar a nossa análise, observamos que este ego que temos diante de nós, considerado como um centro de magnetismo, não pode ser reduzido a certas partes que podem ser especificadas como “o meu corpo, as minhas mãos, o meu cérebro”; é uma presença global — uma presença que ganha glória com o magnífico bouquet…

  • (EPOKHE1990) <181>Nous abordons l’explication de la structure du Moi de l’être-là humain — et ceci à vrai dire en relation avec la question conductrice de l’essence de l’ipséité (Selbstheit). Derechef l’ipséité est un problème, dès lors qu’elle représente un moment fondamental dans la tension de l’arc (Bogenspannung) de l’exister humain ; c’est en nous le…

  • Pois bem, a filosofia grega se inicia precisamente com o conhecimento de que a palavra é somente nome, isto é, que não representa (vertreten) o verdadeiro ser. Esta é a erupção do perguntar filosófico dentro da pressuposição imediatamente indiscutida do nome. Fé na palavra e dúvidas a respeito da palavra são o que caracteriza a…

  • O grande obstáculo que a razão (Vernunft) põe em seu próprio caminho origina-se no intelecto (Verstand) e nos critérios, de resto inteiramente justificados, que ele estabeleceu para seus propósitos, ou seja, para saciar nossa sede e fazer face à nossa necessidade de conhecimento e de cognição. O motivo por que nem Kant nem seus sucessores…

  • Característica, extensão, comparação, lugar, tempo, são determinações que, em geral, são ditas da coisa. Estas determinações indicam em que perspectiva as coisas se nos mostram, quando, no enunciado, nos dirigimos a elas e falamos delas, indicam os caminhos-do-olhar nos quais olhamos as coisas e a partir dos quais elas se nos mostram. Mas, na medida…

  • In Being and Time, Heidegger stressed the need for a certain “foreconception” (Vorgriff) of a subject matter which sketches out (10) beforehand the general dimensions of the matter to be understood (SZ, §32, 150/191). This foreconception does not prejudice the results of further investigation but rather establishes the horizon within which the material can be…

  • Como subiectum, o animal historiológico está relacionado a “ele mesmo”, mas de tal forma que ele transfere cada vez mais sua essência de volta a algo já presente, animalidade – “vida” – e explica o próprio comportamento “historiológico” como um “órgão” e “função” da vida. Este passo final traz a subjetividade à soberania exclusiva, de…

  • A sentença de Protágoras diz inequivocamente que “todo” ente está ligado ao homem como ἐγώ (eu), e que o homem é a medida para o ser do ente. Mas de que tipo é essa ligação do ente com o “eu”, pressupondo que pensemos de maneira grega em nossa pós-compreensão dessa sentença e que não venhamos…

  • (185) Kant se mantém fundamentalmente junto à determinação de Descartes. Por mais essenciais que tenham se tornado e que permaneçam sendo sempre as investigações kantianas para a interpretação ontológica da subjetividade, o eu, o ego, é para ele tanto quanto para Descartes, res cogitans, res, algo que pensa, isto é, que representa, percebe, julga, concorda,…

  • Em primeiro lugar, deve notar-se que Heidegger traduz o grego oregontai (de orexis, geralmente traduzido como “desejo”) por Sorge, cuidado. O cuidado é, naturalmente, o termo utilizado em Ser e Tempo para designar o ser do Dasein, o ser daquele ente que nós próprios somos. Existindo como cuidado, o Dasein não só já está no…

  • De fora, toma-se a egoidade pela generalização posterior e a abstração do que constitui o eu a partir dos “eus” singulares do homem. Sobretudo Descartes pensa, manifestamente, o seu próprio “eu” como pessoa singular (res cogitans como substantia finita). Já Kant pensa a “consciência em geral”. Somente Descartes, no entanto, pensa também o seu próprio…

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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