Tag: Dasein

ser-aí, ser-o-aí, être-là, être-le-là, Being-there, ser-ahí, ser-el-ahí

  • O ente que temos a tarefa de analisar somos nós mesmos. O ser deste ente é sempre e cada vez meu. Em seu ser, isto é, sendo, este ente se relaciona com o seu ser. Como um ente deste ser, a presença se entrega à responsabilidade de assumir seu próprio ser. Ser é o que…

  • Primeiramente, porém, faz-se necessária uma observação terminológica genérica. Kant fala, tal como o mostra o título do Argumento, de uma prova da existência de Deus. Do mesmo modo, ele fala da existência das coisas fora de nós, da existência da natureza. Esse conceito de existência (Dasein) em Kant corresponde ao termo escolástico existentia. Por isso,…

  • Ser-aí é sempre a cada vez meu; o que isso quer dizer? Que a insistência no aí — aquela renúncia a toda exterioridade própria ao interior do sujeito e do “eu” — precisa ser assumida e realizada puramente e apenas no si mesmo; que somente quando a verdade do seer é total e unicamente a…

  • De certa maneira, nada foi mais arriscado que chamar de Dasein o que Heidegger buscou dizer no início dos anos 1920 em substituindo a palavra Leben (vida) em sua acepção filosófica (e não biológica), que Heidegger tinha herdado de seus predecessores (notadamente Dilthey) e de que ele não tarda a experimentar a insuficiência. O risco…

  • Reading off the genuine totality of being requires that the entity as a whole be given. To the extent that care became manifest as the being of this entity, this means that the whole is in principle never given, and the purported reading is in principle impossible. In regard to Dasein itself and our previous…

  • O primeiro problema, portanto, diz respeito ao status da realidade ou, para ser mais preciso, à relação entre Dasein, mundo e realidade. De acordo com uma interpretação há muito tempo dominante no pensamento ocidental, o mundo é concebido como a totalidade das coisas (res) e as coisas, por sua vez, são determinadas em termos de…

  • Mas tentação, tranquilização e alienação caracterizam o modo-de-ser do decair. O cotidiano ser para a morte é, como decair, uma constante fuga dela. O ser para o final tem o modus de um esquivar-se desse final, dando-lhe outro sentido, entendendo-o impropriamente, encobrindo-o. Que o Dasein próprio já morra sempre cada vez factualmente, a saber, que…

  • O Dasein cotidiano no mais das vezes encobre a possibilidade mais-própria, não-relativa e insuperável de seu ser. Essa factual tendência-para-o-encobrimento confirma a tese de que o Dasein como factual está na “não-verdade”1. Por conseguinte, a certeza pertencente a tal encobrimento do ser para a morte deve ser um ter-por-verdadeiro inadequado e não algo assim como…

  • O ser-para-a-morte se funda na preocupação. Como dejectado ser-no-mundo, o Dasein já é cada vez responsável por sua morte. Sendo para sua morte, ele morre factualmente e sem dúvida constantemente, enquanto não chega ao seu deixar-de-viver. Que o Dasein morre factualmente significa ao mesmo tempo que, em seu ser-para-a-morte, ele já se decidiu sempre desta…

  • A morte é a possibilidade mais-própria (eigenste Möglichkeit) do Dasein. O ser para a morte abre para o Dasein seu poder-ser mais-próprio, no qual o ser do Dasein está pura e simplesmente em jogo. Nisso pode se tornar manifesto para o Dasein que, na assinalada possibilidade de si mesmo, ele é subtraído à-gente, isto é,…

  • No adiantar-se para a morte certa indeterminada, o Dasein se abre para uma constante ameaça que surge do seu “aí” ele mesmo. O ser para o final deve nela se manter e não pode ficar cego para ela, devendo, ao contrário, desenvolver a in-determinação da certeza. Como é existenciariamente possível a abertura genuína dessa constante…

  • O Dasein existe, no entanto, sempre cada vez factualmente. Ele não é um ente que-se-projeta flutuando-livremente-no-ar, mas, determinado pela dejecção como factum do ente que ele é, ele já foi cada vez e permanece constantemente entregue à existência pela-qual-responde. Mas a factualidade do Dasein distingue-se (757) essencialmente da factualidade de um subsistente. O Dasein existente…

  • É na medida em que é uma tal abertura – que impede que seja ele confundido com o que a filosofia moderna chama de “sujeito” e que ela entende como uma interioridade opondo-se à exterioridade dos objetos – que o Dasein, porque não é indiferente a seu próprio existir, pode, todavia, designar a si mesmo…

  • Nietzsche não fala do ente na totalidade. Usamos essa expressão a fim de denominar inicialmente tudo o que não é pura e simplesmente nada; a natureza, o inanimado e o vivente, a história, suas produções, seus configuradores e promotores, Deus, os deuses e os semideuses. Também denominamos ente o que vem a ser, o que…

  • A “descrição” do imediato mundo-ambiente, por exemplo, do mundo de trabalho do artesão resultou em que com o instrumento que se encontra no trabalho “vêm-de-encontro ao mesmo tempo” os outros aos quais a “obra” se destina. No modo-de-ser desse utilizável, isto é, em sua conjuntação, reside uma remissão essencial a possíveis usuários para cujos corpos…

  • (…) o homem deve vir a ser o que é, sempre e a cada vez devendo tomar em seus ombros justamente o ser-aí; também não o sabemos se esquecemos que o homem não é se só se deixa enredar em revolvimentos, por mais “intelectuais” que estes possam ser; que o ser-aí não é algo que…

  • Human Dasein is a being which has a world; or, to put it differently, the mode of being of Dasein, existence, is essentially determined by being-in-the-world. “World” is that particular whole toward which we comport ourselves at all times. The personal relation of one existence to another is also not a free floating cognitive relation…

  • Voltemos ainda uma vez o olhar para o percurso que fizemos até aqui. Nós tentamos elucidar uma tonalidade afetiva fundamental de nosso ser-aí, um tédio profundo do ser-aí, sob o fio condutor e em meio à claridade do fenômeno clarificado do tédio, em especial do tédio profundo. Esta elucidação movimentou-se sob a forma de um…

  • A pergunta pelo sentido do ser é a mais universal e a mais vazia; mas, ao mesmo tempo, ela contém a possibilidade de sua mais extrema individualização no Dasein que cada vez a faz 1. Para a obtenção do conceito-fundamental “ser” e do prévio-delineamento da conceituação ontológica por ele requerida e de (131) suas necessárias…

  • 1. Acontecimento apropriador: a luz segura da essenciação do seer no campo de visão extremo da mais íntima indigência do homem histórico. 2. O ser-aí: o entre aberto no meio e, assim, velador, entre a chegada e a fuga dos deuses e o homem nele enraizado. 3. O ser-aí tem a origem no acontecimento apropriador…