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MAXENCE CARON (1976)

  • O Dasein é a condição de possibilidade da intencionalidade, o espaço de jogo onde um sujeito pode estabelecer uma relação a um objeto. Ele é a abertura ao ser, de um ente que está sempre situado de pronto de fora. Ele não é uma relação entre dois entes-subsistentes (Vorhandensein), quer dizer uma relação a um…

  • O Ereignis é o advento do homem e do ser sob a iniciativa do ser; desdobra o jogo especular do ser e do si, de modo que cada um alcança o outro, e esse jogo, em última análise, aparece como o próprio jogo do ser que o governa. O ser compreendido como a Mesmidade desse…

  • O si mesmo é, de fato, o local de uma luta, o distrito da manifestação de uma vacuidade; mas essa vacuidade, ele o é, e sua própria viabilidade nos descobre sua vocação. Para o pensamento, a luta se torna o próprio ser-aí da paz. Seu ser é guardar o mistério da dádiva. Por meio do…

  • “É apenas se a compreensão do ser é que o ser se torna acessível como ser” [SZ:212]. Este é, pois, o início radical que o pensamento heideggeriano conquista através do contato com as possibilidades impensadas da fenomenologia: é através do ser que temos acesso ao enquanto (Als-Struktur) ou ao ser-presente da coisa, é através do…

  • A originalidade de Heidegger reside, assim, na sua capacidade de retomar a possibilidade de qualquer visão sensível numa visão da essência ela mesma inteiramente regida pelo ser, à qual um pensamento das profundezas da intuição categorial nos dá acesso antes de qualquer visão ser possível. O desejo heideggeriano é de unificação, fiel nisso à exigência…

  • Jemeinigkeit (ser-sempre-meu) é o correlato imediato da definição geral de Dasein de Heidegger, que é o leitmotiv de Sein und Zeit: para o Dasein, o seu próprio ser está em jogo em seu ser. No momento em que esta definição aparece, está imediatamente relacionada com aquilo a que Heidegger chama o privilégio ôntico do Dasein:…

  • Le mot φύσις comporte deux significations, deux déterminations distinctes et pourtant ayant simultanément sens dans ce même mot : « la φύσις nomme d’une part l’éclosion dans sa différence au déclin, […] et elle nomme d’autre part l’ajointement entre la φύσις et le κρύπτεσθαι » (GA55:158). On a donc d’une part l’éclosion, dans sa différence…

  • Trata-se, portanto, em primeiro lugar, de ascender do eu ao si mesmo para mostrar a sua essência temporal e, portanto, não subjectiva, e, em segundo lugar, de dar o salto para essa essência para regressar à necessidade ontológica do si na economia da dispensação. E como o si será então reconduzido ao seu ser, a…

  • Se a descoberta da fenomenologia foi decisiva para Heidegger, foi sobretudo pelo poder de problematização que ela despertou nele através do apelo único ou palavra de ordem (Ruf) da ausência de pressuposição, isto é, do retorno às próprias questões essenciais (zu den Sachen selbst! Husserl afirmava em 1910-1911), e não pela própria substância das preocupações…

  • Si mesmo não é eu, mas eu é fenômeno de si mesmo. Temos, portanto, de acceder primeiro à presença de um tal processo, e depois perguntar em que condições é que esse processo é possível. Mas como pensar este si que, ultrapassando a estrutura fixa do ego, o funda ao mesmo tempo na sua fixidez?…

  • A tarefa infinita de determinar as vivências, e a resolução da questão da estrutura do ego dentro da exigência conferida pelo dogma científico da evidência (i.e. domínio do olhar e não da fonte desse olhar) : estes são os dois aspectos principais da fenomenologia tal como é apresentada por Husserl, que afirma que o problema…

  • Quand on dit « le moi », on parle d’un subjectum, d’un étant étalé dans toute sa visibilité et se prêtant aux prises de l’esprit. Mais quand on dit « le soi », on dit le moi = moi, totalité complexe, écart de soi à soi dans soi, dimension de temporalité, tension et mouvement au…

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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