Tag: Bret Davis
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(…) se quisermos seguir o caminho de Heidegger para repensar a vontade, temos de pôr em causa de forma mais radical o pressuposto tradicional de que a vontade é simplesmente uma “faculdade do sujeito”. Para começar, e se fosse verdade o contrário — que a subjetividade é antes, por assim dizer, uma “faculdade da vontade”?…
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Both the early quasi-transcendental claim that finite resolute Dasein chooses its possibilities for being, and the subsequent claim that the human will-to-know (Wissen-wollen) must violently bring to a stand the overpowering onslaught of being, themselves become questionable in Heidegger’s mature being-historical thought, according to which being is revealed-in-(extreme)-concealment as will in the epoch of modernity.…
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The complexity of the question — and the ambiguity of the answer — regarding the role of the will in Being and Time fully emerges when we look at what is said to characterize Dasein’s most proper way of being: Entschlossenheit (usually rendered as “resoluteness,” but it shall soon become apparent why I leave this…
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A vontade tem de ser distinguida de um “mero esforço” (blosse Streben) que, por assim dizer, apenas nos empurra para trás. Enquanto “não nos é possível esforçarmo-nos para além de nós próprios, . . . a vontade . . . é sempre um querer para além de si próprio (über sich hinaus wollen)” (N1 51/41).…
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One might also use the expression “ecstatic-appropriation” to characterize this double-sided character of the will. But this would lead to confusion insofar as the word “appropriation” is used to translate what for Heidegger is fundamentally other than the will, what for him would be precisely a matter of non-willing: the appropriating-event of Ereignis. While Heidegger’s…
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A (des)sintonia fundamental da vontade é caracterizada, como vimos, por um movimento circular em que o sujeito sai e traz à força o outro que não é ele próprio de volta ao domínio do seu poder. Levinas fala disto como a “redução do Outro ao Mesmo”. A vontade é um movimento de redução da alteridade…
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Há um certo caráter de retroação da vontade de poder; é, finalmente, uma vontade própria, mesmo que esteja sempre a querer para além de si própria. Mas há também um movimento constante para o querer, uma insaciabilidade: “Todo o querer é um querer-ser-mais (ein Mehr-sein-wollen). O poder só é poder na medida em que, e…
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Voltamos, então, mais uma vez, ao caráter de dupla face da vontade, a vontade como incorporação extática, mas agora com uma vantagem crítica ainda maior, pois até mesmo o momento extático é revelado como uma questão de pura extensão do poder pelo poder. A vontade é, afinal de contas, como vemos agora, uma espécie de…
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Para Heidegger, como observamos, o pensamento “entendido da maneira tradicional, como representação, é um tipo de vontade” (G 29/58). “A representação inspeciona tudo que encontra fora de si e em referência a si mesma” (GA6T2:N2 295/219). Ao representar o mundo, a pessoa o traz para sua esfera de conhecimento e ação e, assim, o mundo…
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A tentativa da “metafísica” de “fundamentar” os entes, de estabelecer com certeza a essência de toda a existência, ou mesmo, em última instância, de estabelecer o próprio homem, na forma do sujeito (como hypokeimenon, subiectum ou o “ego transcendental”), como o fundamento dos entes, não está alheia ao conhecimento como representação. A história da metafísica…