Tag: Bornheim

  • Em Gerd A. Bornheim a questão de finitude torna o mesmo posicionamento. Ele começa salientando que “o esquecimento do ser deve ser entendido através da entificação do ser. O modo como se verifica a entificação pode ser visto no conceito metafísico de participação; se o ser, é, por exemplo, a ideia, todo outro que não…

  • (…) Heidegger começou muito cedo a perceber o necessário privilégio da especulação ontológica. Segundo o seu próprio testemunho, o ponto de partida de suas perquirições fez-se em oposição aos neokantianos e à fenomenologia. Realmente, sabe-se do amplo predomínio das diversas orientações neokantianas na universidade alemã do princípio do século. E as inovações que começaram a…

  • (…) o pensador maior do tema da diferença é sem dúvida o já clássico Heidegger. A expressão consagrada é “diferença ontológica”, que abre espaço para pensar a separação entre ser e ente. Apenas o lembrete: se a metafísica confunde o ser com o ente, em especial com Deus, esse ente absorve o ser, e o…

  • A physis compreende a totalidade de tudo o que é. Ela pode ser apreendida em tudo o que acontece: na aurora, no crescimento das plantas, na nascimento de animais e homens. E aqui convém chamar a atenção para um desvio em que facilmente incorre o homem contemporâneo. Posto que a nossa compreensão do conceito de…

  • (…) empatia não deve ser confundida com simpatia, com o oposto de antipatia, conceitos estes que permanecem adstritos à subjetividade, no sentido de vivências que se têm em relação aos outros e a si mesmo. A empatia “só se dirige ao outro”, restituindo-lhe a intimidade; ela medra no solo da “objetividade”. (BORNHEIM, Gerd. O Idiota…

  • (…) não se misturem conceito (Begriff) e noção (Vorstellung). O primeiro é científico, e o que o caracteriza é uma definição que, além de intemporal, se faz no elemento da exterioridade; a noção, ao contrário, implica outro tipo de rigor, o filosófico, assim definido por Sartre: “Uma noção, para mim, é uma definição com interioridade,…

  • (…) a categoria da vivência (Erlebnis) pretende tomar o posto daquilo que o primeiro Sartre chama de consciência (Gewissen), isto é, daquela realidade avassaladoramente translúcida, um quase-absoluto que encontra o seu fundamento no nada (Nichts) e que constitui, pode-se dizer, o objeto exclusivo de O Ser e o Nada. Pois a consciência é agora engolida…