SZ:181 – dejectado-projetante (geworfen-entwerfende em STCastilho)

O Dasein existe factualmente. Pergunta-se pela unidade ontológica de existenciariedade (Existenzialität) e factualidade (Faktizität), isto é, da essencial pertinência da última à primeira. Sobre o fundamento do encontrar-se (Befindlichkeit) que pertence à sua essência, o Dasein tem um modo-de-ser (Seinsart) no qual, em sua dejecção, ele é posto diante de si e é aberto para si. Mas a dejecção é o modo-de-ser de um ente que ele mesmo é cada vez suas possibilidades (Möglichkeit), de sorte que ele se entende a partir delas (projetando-se nelas). O ser-no-mundo a que pertencem, com igual originariedade, o ser junto ao utilizável (Zuhandend) e o ser-com com outros (Mitsein mit Anderen) é cada vez em vista de si mesmo. Mas de pronto e no mais das vezes, o si-mesmo (Selbst) é impróprio (uneigentlich), a-gente ela mesma (Man-selbst). O ser-no-mundo já é sempre decair. Por conseguinte, a cotidianidade mediana do Dasein (durchschnittliche Alltäglichkeit des Daseins) pode ser determinada como o ser-no-mundo que decaindo-abre (verfallend-erschlossene), dejectado-projetante (geworfen-entwerfende), para o qual, em seu ser junto ao “mundo” e ser-com com outros, está em jogo o seu poder-ser (Seinkönnen) mais-próprio. (SZ:181; STCastilho:507,509)