O modelo sujeito-objeto dá origem ao contraste entre subjetivismo (idealismo) e objetivismo (realismo) (GA20, 305f; GA6T2, 297s). Ambas as alternativas são enganosas, já que 1. o modelo sujeito-objeto é desorientado, e 2. sujeito e objeto são correlatos: um sujeito possui um objeto que é independente, e um objeto é sempre objeto para um sujeito. A distinção entre objetivo e subjetivo é relativa e variável (GA59, 99). Por isso, sempre que Heidegger levanta a questão sobre se, por exemplo, o tempo, o mundo ou o ser são subjetivos, ele responde que 1. não podem ser, já que Dasein não é um sujeito, e 2. se são subjetivos, são também objetivos, de fato “mais objetivos do que qualquer objeto possível” (SZ, 366), ou “anteriores a qualquer subjetividade e objetividade” (SZ, 419). Sua recusa a essa dicotomia ultrapassa SZ (GA6T2, 195; GA65, 456). Forja a palavra “subjetidade”, (Subjektität) (GA5, 122) ou Subjectität (GA6T2, 451ss/GA9, 46ss), como uma alternativa a “subjetividade” (Subjektivität), que sempre comporta a sugestão do enganoso subjetivismo (em contraste com o objetivismo) e a sua aparente restrição do sujeito ao mental e ao eu. (Inwood, MIDH)
subjetivismo
Excertos de GA Temático