(…) o pronome interrogativo pessoal “quem” orienta para outra direção de investigação. Perguntas com pronomes pessoais também interrogam por condições de constituição. Há perguntas ontológicas que, além disso, se orientam por um entendimento prévio, segundo o qual as palavras “quem”, “alguém”, ‘tu”, “nós” e “eu” acertam o alvo de um modo de ser e não o de uma categoria de entes. O pluralismo ontológico abriga com maior generalidade exatamente essa orientação. Assim entendidas, pessoas não são apenas categorialmen-te distintas de números, colheres, bactérias, moléculas ou sombras. Tais entes exemplificam modos de ser, modos diferentes de existência, individuação e determinação.
(Reis, Róbson Ramos dos. Necessidade existencial: estudos sobre a modalidade na fenomenologia hermenêutica. Rio de Janeiro: Via Verita, 2023, p. 13)