(Richir1987)
Suportes, nos fenômenos, da transcendência do mundo, as essências concretas dos fenômenos fazem deles fenômenos-do-mundo. A ordem aparentemente abstrata que destacamos em nossas Investigações Fenomenológicas como uma espécie de álgebra dos fenômenos — onde estes eram tomados como “variáveis” de um mesmo problema — começa aqui a se colorir. E à questão que, lá, devia necessariamente permanecer em suspenso (o que é, então, um fenômeno?), começamos aqui a dar uma resposta: um fenômeno é um fenômeno-do-mundo, e nada mais (portanto, não uma coisa ou coisas, e muito menos sujeitos ou objetos).