A liberdade enquanto deixar-ser [sein-lassen] do ente é em si mesma uma relação re-solvida, uma relação que não está fechada sobre si mesma. Todo comportamento [Verhalten] se funda sobre esta relação e dela recebe a indicação que o refere ao ente [Seiende] e a seu desvelamento [Entbergung]. Entretanto, esta relação com a dissimulação [Verbergung] se esconde a si mesma nesta relação enquanto dá primazia a um esquecimento do mistério e nele desaparece. Ainda que o homem se relacione constantemente com o ente, limita-se, contudo, habitualmente, a este ou àquele ente em seu caráter revelado. O homem se limita à realidade corrente e passível de ser dominada, mesmo ali onde se decide o que é fundamental. E se ele se decide alargar, transformar, se reapropriar e assegurar o caráter revelado do ente nos domínios mais variados de sua atividade, ele, contudo, procura as diretivas para tal nos estreitos limites de seus projetos e necessidades correntes. [MHeidegger – SOBRE A ESSÊNCIA DA VERDADE]