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Se a dação do ser requer a atividade humana, podemos suspeitar que o ser provém exclusivamente da nossa atividade. Esta abordagem elimina o problema de como nos pode ser dado algo através de meios não-sensoriais. O ser pode não ser dado de todo até o darmos a nós próprios. Mas se o ser é uma criação humana, não é uma criação de qualquer tipo comum. Se o ser não nos fosse dado, nem sequer existiríamos como seres humanos. A nossa criação do ser seria, portanto, um ato de auto-criação; seria também uma atividade que teríamos de realizar. É um tipo estranho de “atividade”, mas há vários modelos possíveis para ela. Há práticas culturais, como a linguagem e o uso de ferramentas; se a nossa compreensão do ser é como estas (como diriam os wittgensteinianos), então é culturalmente relativa, mas não está sujeita a uma escolha individual arbitrária. Existem leis psicológicas contingentes, como a preferência pelo doce ao invés do amargo; tal como estas, a compreensão do ser pode ser universalmente humana, ou quase, mas não tem qualquer necessidade (como poderia argumentar um humeano). Há também a atividade do pensamento matemático, que implica uma necessidade; talvez (como um kantiano poderia defender) haja uma necessidade semelhante na nossa compreensão do ser.
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- Edmund Husserl, Logical Investigations, trans. A. J. Findlay (London: Routledge and Kegan Paul, 1970), Sixth Investigation. Descartes makes a similar suggestion in the Second Meditation (AT 30—31). For Heidegger on categorial intuition, see History of the Concept of Time, 47—72; “My Way to Phenomenology,” in On Time and Being, 78—79; “Seminar in Zähringen 1973,” in Four Seminars, trans. Andrew Mitchell and François Raffoul (Bloomington: Indiana University Press, 2003).[
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- Plato suggests this in the Theaetetus (i84b-i86e). For Heidegger’s commentary, see The Essence of Truth, 121-75. On the link between the Theaetetus and categorial intuition, see GA 22, 123, 272-73. For Heidegger’s own concept of being as a phenomenon that needs to be uncovered through interpretation, see SZ 35-37.[
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- Jacques Derrida, Green Time: 1, Counterfeit Money, trans. Peggy Kamuf (Chicago: University of Chicago Press, 1992), 14. Derrida’s arguments are relevant both to the anthropological question of human gift-giving practices and to the Heideggerian problematic of the es gibt and appropriation; see e.g., 18-21 on Heidegger. Derrida is mistaken, however, when he claims that Heidegger “surreptitiously” thinks the proper in terms of the gift (21). The question of giving runs explicitly through many of Heidegger’s thoughts on appropriation.[
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- “Only in the mechanical sphere does one of the sides remain passive in the process of re-ception”: Hegel, Lectures on the Philosophy of Religion, ed. Peter C. Hodgson, vol. 3 (Berkeley: University of California Press, 1985), 260.[
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