Plessner (2000) – Riso e Choro

destaque

No riso, o homem distende uma situação. Com o riso, responde de forma direta e impessoal. O homem cai num automatismo anônimo. Ele não ri sozinho; algo ri nele, e ele é, por assim dizer, apenas o teatro e o contentor deste processo. Outra coisa é o choro. Também no choro, o homem dá uma resposta, entregando-se a um automatismo anônimo que se desencadeia mais ou menos lentamente, mas que pode tomar conta dele. Esta resposta, porém, envolve o próprio homem. O homem é envolvido interiormente; é tocado, comovido, abalado. Quando a sua garganta se aperta e as lágrimas aparecem, ele solta-se interiormente, é dominado e entrega-se ao processo do choro.

Vallori Rasini

Excertos de

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

Twenty Twenty-Five

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