O que é que sucede na extensão e consolidação do caráter de instituição das ciências? Nada menos que o asseguramento da primazia do método por cima do ente (natureza e história), o qual se converte em algo objetivo dentro da investigação. Baseando-se em seu caráter de empresa (máquina de negócios), as ciências conseguem o mútuo pertencimento e a unidade que os corresponde. Por isso, uma investigação histórica ou arqueológica consumada de maneira institucional, está essencialmente mais próxima da investigação física correspondentemente organizada, enquanto uma disciplina qualquer em sua própria faculdade de ciências do espírito, que permanecera detida em um ponto da mera erudição. Por isso, o decisivo desdobramento do moderno caráter de empresa (máquina de negócios) da ciência cunha outro tipo de homens. Desaparece, em consequência, o sábio. Este é substituído pelo investigador que trabalha em algum projeto de pesquisa. São estes projetos, e não o cuidado de algum tipo de erudição, aquilo o que proporciona ao seu trabalho um caráter rigoroso. O pesquisador já não necessita dispor de uma biblioteca em sua casa. Ademais, está todo o tempo viajando. Informa-se nos congressos e realiza acordos em seções de trabalho. Vincula-se a contratos editoriais, pois agora são os editores aqueles que decidem que livros precisam ser escritos. [DZW]