Patocka (1992:225-226) – um novo fundamento asubjetivo

destaque

1) A fenomenologia existia antes do transcendentalismo husserliano e também depois — Heidegger, a ontologia, o pensamento do ser e do tempo, da “apropriação” finita (Ereignis).

2) A filosofia transcendental terá então de ser uma filosofia das condições de possibilidade do aparecer em geral, e não uma justificação do sujeito transcendental — tornar-se-á asubjectiva —, o que, no fundo, já acontece em Husserl, embora este substitua Kant por Descartes; mas, se abandonarmos o fundamento absoluto da noesis, análogo ao conceito absoluto de Hegel, haverá outra possibilidade que não a regressão heideggeriana aos fundamentos primeiros do ser?

Não deveríamos, pelo contrário, apresentar uma teoria da experiência humana sobre um novo fundamento asubjetivo, isto é, sobre o fundamento do tempo e da sua clareira, etc., como parte do contexto desta clareira original?

Por outras palavras, retomar o problema da “ontologia fundamental” sobre um novo fundamento?

Erika Abrams

[PATOCKA, Jan. Introduction à la phénoménologie de Husserl. Grenoble: Jérôme Millon, 1992]

Excertos de ,

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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