Enquanto atividade, todo uso tende a uma meta, mas na maior parte das vezes essa meta é também algo de que não temos consciência, como criação nossa, fruto de uma decisão que tomámos. Nossas metas, elas também, são por assim dizer dadas; nosso emprego do tempo cotidiano conduz-nos, prescreve-nos o que temos de fazer. Mesmo nos raros momentos em que há um processo de tomada de decisão, as nossas escolhas são determinadas por tradições e hábitos, por possibilidades que já estão aí e que ditam o que fazemos. Desta forma, as nossas ações seguem caminhos pré-determinados.
Every use, being an activity, aims at some goal of which, however, we are for the most part also not consciously aware as being the product and the work of a decision. Goals, too, seem to be somehow given, the day’s program bears us along, prescribing for us, and even on those rare occasions when a decision intervenes, it is determined by traditions, customs, generally speaking by possibilities which are already present and which force on us what we do. In that sense, doing is a progression along a pregiven track.
En tant qu’activité, toute utilisation tend vers un but, mais le plus souvent ce but aussi est quelque chose dont nous n’avons pas conscience comme de notre création, du fruit d’une décision que nous aurions prise. Les buts eux aussi sont pour ainsi dire donnés ; notre emploi du temps au jour le jour nous entraîne, nous prescrit ce que nous avons à faire. Même aux rares moments où intervient un processus de décision, nos choix sont déterminés par des traditions et des habitudes, par des possibilités qui sont déjà là et qui nous imposent ce que nous faisons. Notre faire se déroule ainsi dans des voies tracées à l’avance.