nosos

gr. νόσος

Há, no entanto, uma diferença a registar entre um mal (κακόν (kakon)) que traz, é certo, dificuldades a um dos entes (República 609b4), tornando-o mau, mas que não é suficiente para o destruir completamente (Rep., 609b5) e um mal (κακόν) que tem um potencial aniquilador (Rep., 609b6). O corpo é atacado pela sua ruindade específica (a doença), a doença que se aloja e nele permanece (Rep., 609d). A doença pode deixar um corpo em mau estado de saúde e, apenas por isso, não o levar à destruição (Rep., 609c). Esta dissociação serve-nos para tentar perceber a forma específica que ataca a natureza da lucidez e existência humanas (ψυχή (psyche)). De que maneira é que as diversas deformações que a desvirtuam (Rep., 609b11) fazem surtir o seu efeito? (Rep., 610a6-8) O que cumpre saber é o que caracteriza esta forma específica de dissolução e de destruição do horizonte de acontecimento da lucidez humana (ψυχή). (CaeiroArete:43)

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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