A distinção entre Entwicklung (desenvolvimento) e Entfaltung (desabrochar, desdobramento) ocupa, em particular, um lugar importante no pensamento de Edith Stein. Os Beiträge (Stein, 1922) organizam-se em torno do problema da dinâmica de uma vida pessoal, identificando os fatores fundamentais dessa dinâmica. Há a parte dessa dinâmica que depende de nós — o que fazemos de nós mesmos ao vivermos — e aquela que não depende de nós. Por exemplo, a identidade psicológica dada ou a estrutura das preferências que constitui a identidade pessoal. Além desse limite entre o voluntário e o involuntário, situa-se o caminho espiritual de Edith Stein. Aquém desse limite, o domínio da liberdade é iluminado, acreditamos, como nunca havia sido antes, pela fenomenologia steiniana dos atos voluntários, que desenvolve e aprofunda as intuições fundamentais de A. Pfänder, oferecendo os elementos de uma fenomenologia da vontade livre e da vontade “aprisionada”. Os desenvolvimentos mais tardios de sua ontologia do ser em potência devem ser compreendidos a partir desses fundamentos fenomenológicos de uma psicologia dinâmica. (RMAP:241)