Kisiel (1995:458) – phronesis

tradução

Não se deve perder de vista que a raiz de phronesis é phren, o coração, a barriga ou o diafragma, que em Homero era considerado a sede da alma, tanto do sentimento como do pensamento. Mas Platão e Aristóteles seguem a tradição pitagórica, que situava a sede do pensamento no cérebro; para eles, a palavra phronesis tinha uma força mais noética. Heidegger deu uma nota de passagem à synesis aristotélica (compreender o que outra pessoa diz), que traduziu evidentemente como “Rücksicht (“consideração”) e syngnome (perdão: Ética a Nicómaco, VI, 11), que traduziu como “Nachsicht (“tolerância”); ver GA2 164/159. Mas mesmo estas virtudes aristotélicas eram dirigidas a um círculo fechado de iguais e nada tinham a ver com as virtudes bíblicas radicais de servir os excluídos e os mais humildes.

original

It should not be lost sight of that the root of phronesis is phren, the heart, midriff or diaphragm, which in Homer was taken to be the seat of the soul, of both feeling and thinking. But Plato and Aristotle follow a Pythagorean tradition, which located the seat of thought in the brain; for them the word phronesis had a more noetic force. Heidegger gave passing notice to Aristotelian synesis (understanding what someone else says), which he evidently translated as “Rücksicht (“considerateness”) and syngnome (forgiveness: Nicomachean Ethics, VI, 11), which he translated as “Nachsicht (“forbearance”); see GA2 164/159. But even these Aristotelian virtues were directed at a closed circle of equals and were nothing like the radical biblical virtues of serving the outcast and lowliest. (p. 458)

[KISIEL, Theodore. The Genesis of Heidegger’s Being and Time. Berkeley: University of California Press, 1995, p. 458]